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TOM JOBIM, 20 ANOS DE SAUDADE CELEBRA LEGADO DO COMPOSITOR, COM

APRESENTAÇÕES MUSICAIS E ENCONTRO PARA DISCUTIR A OBRA DO MAESTRO SOBERANO

 

Evento tem curadoria de Fábio Caramuru e acontece na Caixa Cultural, em SP. Entrada é franca

Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, ou simplesmente Tom Jobim (1927-1994), é considerado por muitos o maior artista de todos os tempos da música brasileira.

Criador e nome de referência do histórico movimento bossa nova, notável maestro, compositor, pianista e arranjador, ele terá seu legado revisitado entre os dias 17 e 20 de julho de 2014, na Caixa Cultural, em São Paulo, com a série Tom Jobim, 20 Anos de Saudade.

Com curadoria do pianista e produtor Fábio Caramuru, o evento terá entrada franca. Em quatro apresentações, reunirá diversas formações e artistas de reconhecida trajetória, que transitam com autoridade pelo repertório do homenageado, entre eles Paula e Jaques Morelenbaum, Alaíde Costa, Mario Adnet e Marco Bernardo, além do próprio curador, que em 2007 realizou o projeto Tom Jobim 80 Anos, no Rio de Janeiro, com patrocínio dos Correios.

Ao longo da programação, serão lembradas cerca de 60 canções de Tom Jobim e alguns de seus parceiros, tais como Dorival Caymmi, Vinicius de Moraes, Billy Blanco, Radamés Gnattali e Cesar Camargo Mariano. Além disso, seu legado também será tema de um encontro de especialistas, no dia 19: o jornalista Zuza Homem De Mello, os maestros Júlio Medaglia e Gil Jardim e o curador do projeto, Fábio Caramuru, debaterão a obra de Jobim com o público.

“Para mim, homenagear Tom Jobim é algo que acontece de forma cotidiana e natural, sendo um prazer inigualável interpretar sua música. A obra de Jobim proporciona uma inesgotável descoberta de sonoridades, talhadas no bom gosto e no equilíbrio, com harmonias, ritmos e melodias essenciais e bastante sofisticados. É uma grande honra estar à frente de um projeto dedicado à lembrança do maestro soberano, reunindo artistas tão representativos da cultura brasileira”, afirma Caramuru.


Programação

17 de julho | quinta-feira |19h15
Paula Morelenbaum (voz), Jaques Morelenbaum (violoncelo)
Marcelo Costa (percussão) e Lula Galvão (violão)

Programa: Surfboard | Samba de uma nota só | Brigas nunca mais | Águas de março | O grande amor | Sabiá | Insensatez | Falando de amor | Vivo sonhando | Desafinado | Só tinha de ser com você | A felicidade | Gabriela | Chega de saudade | Outra vez | Retrato em branco e preto | O morro não tem vez | Ela é carioca | Água de beber | Amor em paz | Wave

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Paula Morelenbaum

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Jaques Morelenbaum

18 de julho | sexta-feira| 19h15
Mario Adnet (violão/direção musical)

Marcos de Andrade Nimrichter (piano), Marcelo Marcos Martins (sax tenor e alto), Eduardo Neves (flautas e sax tenor e soprano)

Programa: Só danço samba | Maracangalha (Dorival Caymmi) | Mojave | Antigua | Surfboard | Polo Pony | Sue Ann | Bonita | Valsa de Porto de Caxias | Samba do Avião | Esperança perdida (Tom Jobim e Billy Blanco)

19 de julho | sábado | 19h15
Fábio Caramuru e Marco Bernardo (dois pianos)

Samba do Avião | Chega de Saudade | Luiza | Ligia | Passarim | Remexendo (Radamés Gnattali) | Anos dourados | Retrato em branco e preto | Marina del Rey | Sabiá | Serenata do Adeus (Vinicius de Moraes) | Desafinado | Insensatez | Meu amigo Radamés | Samambaia (Cesar Camargo Mariano) | Baião malandro (Egberto Gismonti) | Domingo no parque (Gilberto Gil) | Águas de Março

Brasil em Dois Pianos | Foto Otavio Dias | Aronne Pianos SP

Às 20h30 | Conversa com o público sobre a obra de Tom Jobim, com Julio Medaglia, Fábio Caramuru, Gil Jardim e Zuza Homem de Mello

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Fábio Caramuru | Direção Artística

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Julio Medaglia

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Gil Jardim

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Zuza Homem de Mello

 

20 de julho | domingo | 19h15
Alaíde Costa (voz) e Giba Estebez (piano)

Retrato em branco e preto | Estrada branca | Caminho de pedra | Falando de amor | Caminhos cruzados | Insensatez | Pois é | Se é por falta de adeus | Cala meu amor | Demais | Outra vez | Modinha | Canta, canta mais

Entrada franca
CAIXA CULTURAL, São Paulo | Praça da Sé, 111, São Paulo
www.caixa.gov.br/caixacultural
tel. (11) 3321-4400

Patrocínio | Caixa Econômica Federal
Realização | Echo Promoções Artísticas | www.echobr.com.br

 

Perfis

Fábio Caramuru e Marco Bernardo – Duo Brasil em Dois Pianos

Ambos os pianistas destacam-se pela versatilidade. Marco Bernardo exerce intensa atividade como arranjador, regente, solista e camerista. Lançou em 2012 o CD duplo Radamés Gnattali – Integral dos Choros para Piano Solo. Caramuru, ex-aluno de Magda Tagliaferro em Paris, vem se aprimorando na arte de alternar-se com desenvoltura na interpretação do repertório erudito, da música brasileira e da improvisação. Lançou em 2007 o CD duplo Piano – Tom Jobim por Fábio Caramuru e divulga a obra de Jobim em diversos países.

 

Alaíde Costa

Iniciou sua carreira no final da década de 1940, no programa Arraia Miúda, de Renato Murce, na Rádio Nacional. Com um canto suave e sussurrado, é considerada uma das vozes mais perfeitas do país. Consagrou-se em 1964 com Onde está você?, de Oscar Castro Neves, grande marco da música popular brasileira. Com diversos discos gravados em 50 anos de carreira, participou dos principais programas de televisão e de rádio no eixo Rio-São Paulo e festivais internacionais, além de ter recebido importantes prêmios e homenagens de expoentes da música popular brasileira. Uma das grandes referências musicais do movimento surgido em 1957, a bossa nova, frequentava a boemia do Beco das Garrafas, em Copacabana.

 

Mario Adnet

Compositor, violonista, arranjador e produtor carioca, nascido em 1957, atua profissionalmente desde 1980, quando foi lançado o disco Alberto Rosenblit & Mario Adnet. Em 2003 foram lançados o CD duplo e o DVD Jobim Sinfônico, projeto concebido e produzido por Mario Adnet e Paulo Jobim, registro definitivo da obra orquestral de Tom Jobim, gravado ao vivo na Sala São Paulo, com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e participação de Milton Nascimento. Foi considerado pela Secretaria de Cultura de SP o melhor projeto do ano de 2002 e ganhador do Grammy Latino de 2004 na categoria de CD clássico, além de indicado ao Grammy americano em 2006, através do selo Adventure Music.

 

Jaques Morelenbaum

Compositor e diretor musical carioca, nascido em 1954, estudou violoncelo, regência, composição e análise de música, ainda no Brasil, antes de ingressar no New England Conservatory of Music. Com Caetano Veloso escreveu e produziu trilhas sonoras para O Quatrilho (1995), filme de Fábio Barreto, Tieta do Agreste (1996) e Orfeu (1999), ambos de Carlos Diegues. A parceria com Caetano Veloso começou no início dos anos 90 e se estendeu por toda a década, com destaque para o disco Livro, ganhador de um Grammy. Outro nome da música brasileira com quem estabeleceu parceria foi Tom Jobim, com quem tocou na Banda Nova de 1984 a 1994. Foi um dos membros do A barca do Sol e integra o Quarteto Jobim/Morelenbaum. Para cinema compôs várias trilhas sonoras, entre elas a de Central do Brasil (1998), de Walter Salles, em parceria com Antonio Pinto e vencedor do prêmio Sharp, e Olhos azuis (2009), de José Joffily, prêmio de melhor trilha sonora original no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2011.

 

Paula Morelenbaum

Entre 1984 e 1994, cantou ao lado do maestro Antonio Carlos Jobim, participando da gravação dos álbuns Passarim (1986 – Universal), Antonio Brasileiro (1993 – Som Livre), Tom Jobim Inédito (1995 – BMG), Tom canta Vinicius (2000 – Jobim Music / Universal) e apresentando-se no Brasil, Japão, Europa, Canadá e Estados Unidos, destacando-se concertos realizados no Carnegie Hall e no Lincoln Center. Em 1995, formou com Paulo Jobim, Daniel Jobim e Jaques Morelenbaum o Quarteto Jobim-Morelenbaum, um quarteto vocal e instrumental de formação camerística, aclamado pela crítica e público. Em 2001, com Ryuichi Sakamoto e Jaques Morelenbaum, formou o trio Morelenbaum2/Sakamoto e com ele lançou os CDs Casa (Kab/Universal Music), gravado na casa de Tom Jobim e Live in Tokyo (Warner Music Japan). No Japão também participa do show Get’s bossa-nova, que também contava com a participação de Roberto Menescal, Marcos Valle Bossacucanova, Moska, e Leny Andrade. Também realizou turnê com o trio Morelenbaum2/Sakamoto divulgando o CD Casa pelos Estados Unidos e Europa, trabalho aclamado pela crítica internacional.

 

Zuza Homem de Mello

Desde 1958 vem realizando palestras e cursos sobre MPB e jazz no Brasil e no exterior, tendo sido também jurado de alguns dos mais importantes festivais de música no Brasil. Nos anos 70 dirigiu a série de shows O Fino da Música, São Paulo, que apresentou nomes como Elis Regina, Elizeth Cardoso, João Bosco, Ivan Lins e Alcione. Nos anos 80, dirige os Festivais de Verão do Guarujá, reunindo Jackson do Pandeiro, Patativa do Assaré, Luiz Gonzaga, Jorge Ben, Raul Seixas, Djavan, Beto Guedes e Alceu Valença. Mais tarde, produz a turnê de Milton Nascimento ao Japão (1988); dirige Milton e Gilberto Gil na série de concertos Basf Chrome Music (1989); nos anos 90 assume a direção geral do Festival Carrefour, que revela nomes como Chico César, Lenine, Sérgio Santos e Zélia Duncan; dirige para o SESC diversos shows, a série Ouvindo Estrelas, os 10 espetáculos Aberto para Balanço comemorativos dos 50 anos da entidade e o concerto de 100 anos de George Gershwin. Na televisão, apresentou a série Jazz Brasil pela TV Cultura. Produziu discos de Jacob do Bandolim, Orlando Silva, Fafá Lemos e Carolina Cardoso de Meneses e Elis Regina. Publicou os livros Música Popular Brasileira cantada e contada (1976), A Canção no Tempo (em coautoria com Jairo Severiano, 1997-98), João Gilberto (2001), A Era dos Festivais (2003) e Música com Z (2014), entre outros.

 

Júlio Medaglia

O maestro tem regido, no Brasil e em diversos países do mundo, além de atuar em diversos projetos culturais. É constantemente convidado para ministrar palestras em todo o Brasil, além de ser ensaísta e colaborador dos mais importantes órgãos de imprensa nacionais. Tem livros publicados como tradutor e autor (Música Impopular, já na segunda edição, Música, Maestro!, 2009). É membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Paulista de Letras, ocupando, nesta última, a cadeira nº 3, que pertenceu a Mário de Andrade. Tem composições, extraídas de suas trilhas sonoras para filmes, peças de teatro e TV, assim como arranjos seus, interpretados e gravados por membros da melhor orquestra do planeta, a Filarmônica de Berlim. Em 2005 estreou um novo e revolucionário programa na TV Cultura, Prelúdio, um “show de calouros” para jovens intérpretes de música clássica, revelando talentos da área.

 

Gil Jardim

Transitando entre a música erudita, a música instrumental e a MPB, produziu composições, arranjos e atuou  como maestro em turnês pelo Brasil e pelo mundo, em trabalhos com músicos como Milton Nascimento, Naná Vasconcelos, César Camargo Mariano, Ivan Lins, Leila Pinheiro, Egberto Gismonti, Gianluca Littera,  etc..  Como maestro dirigiu boa parte das grandes orquestras brasileiras: Orquestra Municipal de São Paulo, Orquestra de Câmara da OSESP, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Sinfônica do Teatro Claudio Santoro, Orquestra Sinfônica de Recife, Orquestra Sinfônica da Bahia, Banda Sinfônica do Estado de São Paulo e Jazz Sinfônica de São Paulo. No exterior dirigiu orquestras como a Brooklyn Academy of Music Symphony Orchestra (Nova Iorque), a Royal Philarmonic Concert Orchestra (Londres), a Camerata Mexicana (México), a Orquestra Regionalle del Lazio (Roma) e Orquestra de Camara Mayo ( Buenos Aires).

 

Fábio Caramuru – Curador, intérprete e apresentador

Como bolsista do governo francês, especializou-se com a pianista Magda Tagliaferro, em Paris, na década de 1980. Músico paulista de grande versatilidade, atua em diversos gêneros musicais como solista, camerista, arranjador e compositor. Aos 20 anos de idade, após vencer o Concurso Jovens Solistas da OSESP, executou com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, em primeira audição nacional, o Concerto para Piano e Instrumentos de Sopro, de Stravinsky. Ganhador do Grande Prêmio da Crítica-APCA em 1991, concluiu o mestrado na Escola de Comunicações e Artes da USP, onde defendeu dissertação sobre a obra de Tom Jobim. Tem sete CDs lançados, sendo dois autorais. Entre seus trabalhos recentes, destacam-se concertos como solista da OSESP, da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, da Orquestra Sinfônica da USP, da Orquestra Jazz Sinfônica, da Orquestra do Theatro São Pedro, da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e da Brussels Philharmonic, na Bélgica; suas apresentações de música brasileira nos Estados Unidos, Canadá e na Europa, e de jazz, no Zinc Jazz Club de Nova York e no Modds Jazz de Zurique, no Club Reserva de Gent, no Festival de Jazz de Havana; o lançamento do álbum duplo Piano – Tom Jobim por Fábio Caramuru (MCD); a realização do projeto Pocket Trilhas no Centro Cultural Banco do Brasil; sua parceria com o contrabaixista Pedro Baldanza resultou no CD de jazz autoral Bossa in the Shadows (Labor Records), tão elogiado pela crítica nacional e internacional quanto sua interpretação da música de Tom Jobim. Ultimamente vem se dedicando ao projeto Brasil em Dois Pianos, com o pianista e arranjador Marco Bernardo, bem como ao projeto autoral EcoMúsica, baseado na interação entre música e sons da natureza brasileira em seus diversos ecossistemas.


Mais informações à imprensa
11 3824-4200 / www.editorweb.com.br

 

 

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Brasil em Dois Pianos no Centro Cultural São Paulo

Neste concerto dedicado à música brasileira, os pianistas Fábio Caramuru e Marco Bernardo mostram suas maiores especialidades, alternando-se em solos e duos de piano, na interpretação de grandes sucessos da nossa música popular.

Solando, Caramuru interpreta Tom Jobim, e Marco, Radamés Gnattali. A dois pianos, os músicos realizam arranjos inéditos de Marco Bernardo para músicas de Jobim e Gnattali, além de Cesar Camargo Mariano e Egberto Gismonti.

Registro ao vivo do recital feito no dia 10 de dezembro de 2013, no Centro Cultural São Paulo.

Fonte:
http://www.ccsplab.org/maisccsp/fabio-caramuru-e-marco-bernardo-pianos/

Nesse concerto dedicado exclusivamente à música brasileira, os pianistas Fábio Caramuru e Marco Bernardo se reúnem para mostrar suas maiores especialidades, alternando-se em solos e a dois pianos, com arranjos inéditos escritos por Marco Bernardo especialmente para essa formação. O programa do concerto, centrado nas obras de Radamés Gnattali e de Tom Jobim, inclui também músicas de Cesar Camargo Mariano, Vinicius de Moraes, Gilberto Gil, Egberto Gismonti e Rita Lee.

Fábio Caramuru é um dos maiores especialistas do Brasil em Tom Jobim, tema de seu mestrado pela ECA-USP. Além disso, lançou em 2007 o CD duplo Piano – Tom Jobim por Fábio Caramuru. Marco Bernardo, por sua vez, é nome de referência no país quando se trata do legado de Radamés Gnattali. Em 2012, lançou o CD duplo Radamés Gnattali: Integral dos Choros para Piano Solo.

Os pianistas tocaram juntos, pela primeira vez, em agosto de 2012, com a Orquestra do Theatro São Pedro, em São Paulo, interpretando a Fantasia para dois pianos e orquestra sobre temas de Tom Jobim (Rodrigo Morte), sob regência de Emiliano Patarra.

 

Programa

Negaceando (Radamés Gnattali)
Uma rosa para Pixinguinha (Radamés Gnattali)
Remexendo (Radamés Gnattali)
Dindi (Tom Jobim)
Two kites (Tom Jobim)
Samba do avião (Tom Jobim)
Vaidosa (Radamés Gnattali)
Alma brasileira (Radamés Gnattali)
Domingo no parque (Gilberto Gil)
A correnteza (Tom Jobim)
Flor do mato (Tom Jobim)
Serenata do adeus (Vinicius de Moraes)
Canhoto (Radamés Gnattali)
Zanzando em Copacabana (Radamés Gnattali)
Baião malandro (Egberto Gismonti)
Amparo (Tom Jobim)
Chovendo na roseira (Tom Jobim)
Samamabia (Cesar Camargo Mariano)
Lança perfume (Rita Lee)

Brasil em Dois Pianos | 10 de dezembro de 2013 | 20h30

Nesse projeto dedicado exclusivamente à música brasileira, os pianistas Fábio Caramuru e Marco Bernardo se reúnem para mostrar suas maiores especialidades, alternando-se em solos e a dois pianos, com arranjos inéditos escritos por Marco Bernardo especialmente para essa formação. O programa do concerto, centrado nas obras de Radamés Gnattali e de Tom Jobim, inclui também músicas de Cesar Camargo Mariano, Vinicius de Moraes, Gilberto Gil, Egberto Gismonti e Rita Lee.

Ambos destacam-se pela versatilidade. Marco Bernardo exerce intensa atividade como arranjador, regente, solista e camerista. Lançou em 2012 o CD duplo Radamés Gnattali – Integral dos Choros para Piano Solo. Caramuru vem se aprimorando na arte de alternar-se com desenvoltura na interpretação do repertório erudito, da música brasileira e da improvisação, tendo lançado em 2007 o CD duplo Piano – Tom Jobim por Fábio Caramuru.

Os pianistas tocaram juntos, pela primeira vez, em agosto de 2012, com a Orquestra do Theatro São Pedro, em São Paulo, interpretando a Fantasia para dois pianos e orquestra sobre temas de Tom Jobim (Rodrigo Morte), sob regência de Emiliano Patarra.

Programa

Negaceando (Radamés Gnattali)
Uma rosa para Pixinguinha (Radamés Gnattali)
Remexendo (Radamés Gnattali)
Dindi (Tom Jobim)
Two kites (Tom Jobim)
Samba do avião (Tom Jobim)
Vaidosa (Radamés Gnattali)
Alma brasileira (Radamés Gnattali)
Domingo no parque (Gilberto Gil)
A correnteza (Tom Jobim)
Flor do mato (Tom Jobim)
Serenata do adeus (Vinicius de Moraes)
Canhoto (Radamés Gnattali)
Zanzando em Copacabana (Radamés Gnattali)
Baião malandro (Egberto Gismonti)
Amparo (Tom Jobim)
Chovendo na roseira (Tom Jobim)
Samamabia (Cesar Camargo Mariano)
Lança perfume (Rita Lee)

Marco Bernardo – piano | Arranjos para dois pianos e solos das obras de Radamés Gnattali
Fábio Caramuru – piano | Arranjos e solos das obras de Tom Jobim | Seleção de cenas projetadas
Alexandre Barros | Produção executiva | Echo Promoções Artísticas | www.echobr.com.br

Centro Cultural São Paulo
Rua Vergueiro 1000 – CEP 01504-000 tel 3397 4002 – Paraíso São Paulo – SP
Sala Jardel Filho (321 lugares)
Entrada franca – retirada de ingressos: na bilheteria, uma hora antes do início de cada concerto

Pianista Fábio Caramuru se apresenta em Alphaville

Sábado, 30 de novembro de 2013, às 18h
LOCAL: Espaço de eventos da Saraiva do Shopping Iguatemi Alphaville

FABIO CARAMURU: Pianista paulista, mestre pela ECA- USP. Foi aluno de Magda Tagliaferro, em Paris. Ganhou inúmeros prêmios no Brasil, destacando-se o APCA em 1991. Apresenta-se regularmente no Brasil, Estados Unidos e Europa, em recitais solo e com orquestra. Em 2007, participou de diversos eventos comemorativos aos 80 Anos do nascimento de Tom Jobim, tendo sido solista da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo – OSUSP, na Sala São Paulo. Em 2011, foi solista com a Brussels Philharmonic, tocando a “Fantasia para dois pianos sobre temas de Tom Jobim.

Programa: Obras de Villa-Lobos, Francis Hime, Baden Powell e Tom Jobim

Brasil em Dois Pianos, com Fábio Caramuru e Marco Bernardo

Algumas simpáticas mensagens recebidas de ouvintes do concerto “Brasil em Dois Pianos”, ontem, no SESC:

“Um espetáculo musical de altíssima qualidade, tanto pelos dois exímios pianistas Fábio Caramuru e Marco Bernardo, quanto pelos magníficos arranjos para o duo elaborados pelo Marco Bernardo. O arranjo para Domingo no parque, de Gilberto Gil, é luminoso, de tirar o ouvinte do chão. Parabéns aos dois grandes músicos e ficamos esperando outra apresentação do duo em breve para curtirmos mais o talento de ambos.”

“Foi lindo demais. Emocionante mesmo. Dois gênios, tocando piano maravilhosamente bem, a ponto de provocar lágrimas. Já estou sabendo que o próximo será no Centro Cultural São Paulo. Estarei lá, de novo. Incansável de ouvir. Obrigada aos dois, Fábio Caramuru e Marco Antonio, pelo momento. (depois eu posto as fotos do evento)”

“Eu e o querido amigo João Alexandre Viégas, vindo especialmente de Campinas para esse sensacional espetáculo, não nos cansamos de tecer as mais elogiosas loas ao exímio duo de pianistas… Que venha logo o disco, para eternizar esses formidáveis arranjos! Agradecemos pela gentileza do convite, estendida ao agradabilíssimo jantar. Foi uma noite memorável, daquelas de marcar no calendário de nossa vida. Foi um privilégio! Muito obrigado aos espetaculares Fábio Caramuru e Marco Bernardo por esse dia especial!”

“Fábio Caramuru, este belíssimo programa tem que ser repetido mais vezes!! As cenas com os próprios compositores foram muito legais! Parabéns a você e ao Marco Bernardo!”

“Fiquei arrepiado nos solos e duetos, linda homenagem ao Jobim e Gnattali com os vídeos também. O dueto do Gismonti foi fantástico! Precisamos de bis! Muito obrigado”

“Foi realmente fantástico! Cada um em seu momento, um clima sucedendo outro em perfeita harmonia, os vídeos tão bem colocados, leves e divertidos. A plateia curtiu muito! Parabéns e obrigada”

“Serenata do Adeus me arrepia. Sensacional, de verdade!”

Sobre o concerto

Neste concerto dedicado à música brasileira, os pianistas Fábio Caramuru e Marco Bernardo mostram um pouco de suas especialidades, alternando-se em solos e apresentações a dois pianos para interpretações de grandes sucessos de nossa música.

Em solos, de acordo com suas maiores especialidades, Caramuru interpreta seis músicas de Tom Jobim e Marco seis obras de Radamés Gnattali. A dois pianos, os músicos realizam arranjos inéditos de Marco Bernardo para músicas de Jobim e Gnattali, além de Cesar Camargo Mariano, Vinicius de Moraes, Gilberto Gil, Egberto Gismonti e Rita Lee.

Programa

Tom Jobim – Dindi

Radamés Gnattali – Negaceando, choro

Cesar Camargo Mariano – Samamabia

Radamés Gnattali – Uma Rosa Para Pixinguinha

Tom Jobim – A correnteza

Tom Jobim – Samba do Avião

Tom Jobim – Flor do Mato

Radamés Gnattali – Alma Brasileira

Vinicius de Moraes – Serenata do Adeus

Radamés Gnattali – Vaidosa

Tom Jobim – Two kites

Radamés Gnattali – Remexendo

Tom Jobim – Amparo

Radamés Gnattali – Canhoto

Egberto Gismonti – Baião Malandro

Radamés Gnattali – Zanzando em Copacabana

Tom Jobim – Chovendo na roseira

Gilberto Gil – Domingo no parque

Rita Lee – Lança Perfume

Dia 20 de junho às 21 horas
Ingressos R$ 18,00 e R$ 8,00, comerciários R$ 4,50
SESC Ipiranga
Rua Bom Pastor, 822
Bilheteria de terça a sexta 13h às 21h30, sábados 10h às 21h30, domingos e feriados 10h às 18h30

Lançamento do projeto EcoMúsica | Memorial da América Latina

Fábio Caramuru realiza o lançamento do Projeto EcoMúsica,  tocando arranjos originais no piano que pertenceu a Magda Tagliaferro.

O Projeto EcoMúsica consiste em uma série de filmes artísticos e apresentações temáticas norteadas pela interação entre música, sons e imagens da natureza brasileira. A iniciativa será desenvolvida em diversas etapas, ao longo dos próximos anos, apresentando-se como um projeto cultural fortemente atrelado aos ecossistemas brasileiros.

 

Os dois primeiros temas a serem realizados em 2013 serão o EcoMúsica Aves Brasileiras e o EcoMúsica Mata Atlântica.

Patrocínio | Sertrading

O projeto EcoMúsica, concebido e protagonizado pelo pianista Fábio Caramuru, consiste em uma série de filmes artísticos e apresentações temáticas norteadas pela interação entre música, sons e imagens da natureza brasileira. O projeto tem o apoio oficial do Ministério do Meio Ambiente e será desenvolvido em diversas etapas, ao longo dos próximos anos, apresentando-se como uma iniciativa cultural fortemente atrelada à revelação dos aspectos dos ecossistemas brasileiros. Os dois primeiros temas a serem realizados são EcoMúsica Natureza Brasileira (Ecossistemas) e EcoMúsica Mata Atlântica.

“Existe algo mais gratificante e recompensador para um artista do que reunir suas grandes paixões em um único projeto? Esse é meu estado de espírito ao estar completamente envolvido com o projeto de toda uma vida: o EcoMúsica. O projeto nasceu quando estive pela primeira vez na fazenda Sant’Anna de Monte Alegre, na cidade de São Carlos, coração do estado de São Paulo, convidado pelos proprietários da fazenda para fazer um concerto, juntamente com o contrabaixista Pedro Baldanza. A região é muito característica, pois ainda guarda fortes traços dos áureos tempos das fazendas de café. Com diversas edificações do século XIX, criteriosamente restauradas, a fazenda exibe um dos mais belos projetos de paisagismo que conheço, preservando árvores frondosas centenárias, pomares de jabuticabeiras, pitangueiras, mangueiras e outras tantas frutas, extensos e repousantes gramados, fontes, cursos d’água, instigantes paginações de pisos externos e, como se não bastasse, ainda abriga um posto de recuperação de aves silvestres, monitorado pelo IBAMA. Inúmeras espécies de aves, tais como araras, papagaios, tucanos, corujas, entre outras – após serem tratadas em viveiros – são devolvidas à natureza, mas, como o lugar é realmente paradisíaco, muitas delas continuam circulando pela região, surpreendendo as pessoas que visitam a fazenda. Ali, é muito comum ser presenteado com a inesperada aparição de uma arara azul no banco em que você está sentado, apreciando a paisagem. Ainda mais agradável é ouvir a algazarra multi sonora daquele bando de aves circulando livres e tão próximas, íntimas como se fossem amigas de longa data. Voltando para o motivo da minha visita à fazenda, nossa apresentação foi realizada em uma sala de concertos especial, uma antiga tulha restaurada, muito bem equipada com um piano de cauda e uma vista de tirar o fôlego. Como músicos brasileiros e improvisadores que somos, logo imaginamos como seria a experiência de realizar um trabalho artístico interagindo com tudo aquilo. Vislumbramos temas inéditos que poderiam surgir mesclados àquela exuberância de sonoridades das aves e da natureza, bem como a beleza das locações. Imaginei levar um piano para interagir com todos aqueles sons e paisagens, realizando um registro cinematográfico inédito. Assim nasceu um projeto artístico a ser desenvolvido a longo prazo e em diversas edições, focalizando diferentes temas e ecossistemas brasileiros.

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Recital com pianista Fábio Caramuru | 6 de fevereiro de 2013 | às 21h


Fábio Caramuru | Piano Solo
Tom Jobim, Villa-Lobos, Baden Powell, Piazzolla

CLUB RESERVA
Jan Breydelstraat 32
BE 9000 Gent

Information:
infoclubreserva.be
tel.: +32 (0) 487 88 03 88

Program (main):
wasoclubreserva.be
tel.: +32 (0) 486 28 80 51

 

Sobre Gent *

Capital da província de Flandres Oriental, Gent nasceu de um assentamento celta na confluência dos rios Lys e Scheldt, na Idade Média. Chegou a ser uma das cidades mais ricas e prósperas do norte da Europa. Hoje é a terceira maior cidade da Bélgica e tem pouco mais de 200 mil habitantes. Não é uma cidade muito grande, mas seu esplendor arquitetônico se mantém tão bem preservado que é considerada a “pérola de Flandres”. Além disso, animação não falta por ali. Gent se orgulha de ser uma cidade universitária, cheia de jovens, alegre, movimentada por festivais de música e cinema.

É verdade que ela é bem menos visitada do que a vizinha famosa Bruges, mas nem por isso menos charmosa. Repleta de canais espelhados e antigas edificações, seu astral conquista de cara aqueles que por ali se aventuram.

Fonte: http://www.viajarpelomundo.com/2011/03/gent-perola-de-flandres.html

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Fábio Caramuru e sua mãe, Neide Bello Caramuru

Uma criança, cerca de dois anos e meio… Minhas lembranças mais remotas: meu pai tocando Meditação, de Tom Jobim, e Chove lá fora, de Tito Madi, em um piano recém chegado ao apartamento onde morávamos, no Jardim Paulista. Nessa época, minha mãe me ensinou as primeiras notas musicais, que eu repetia ao piano apenas com o dedo indicador da mão direita. Recordo-me também de me iniciar na percussão, batendo com uma faca na tampa daquele grande piano amarelado que, por minha causa, ficou marcado para sempre…

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Fábo Caramuru e sua mãe, Neide Bello Caramuru

Fábio Caramru na infância e sua mãe, Neide Bello Caramuru

Minha formação foi bastante tradicional. Após iniciar a vida musical com meus pais, fui encaminhado para minha primeira professora, uma russa excepcionalmente musical, Lidia Jefremov. Depois, com Zulmira Elias José, na Escola Magda Tagliaferro, obtive o diploma de piano. Com essas duas professoras estudei todo o repertório tradicional, indo de Bach a Stravinsky. Em seguida, ganhei uma bolsa do governo francês e tive a oportunidade de me aperfeiçoar com Magda Tagliaferro, em Paris, na década de 1980. Com a grande mestra do piano, aprimorei a sensibilidade musical, fazendo sobretudo obras do repertório francês do século XX. De tudo o que vivi e aprendi naquela época, o que ficou de mais agradável e marcante foi o gosto da busca contínua pela melhor sonoridade, sempre.

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Fábio Caramuru em concerto

Antes de ir para a França, já havia me formado em arquitetura, uma vez que decidi contar com uma segunda alternativa, caso não pudesse viver somente da música. Quando voltei ao Brasil, com 24 anos, casado e com maiores responsabilidades, resolvi trabalhar como arquiteto. Vinha há algum tempo sentindo um certo desconforto na minha relação com a música. O prazer de tocar estava diminuindo a cada dia e, na ocasião, não consegui descobrir as causas de meu descontentamento. Posteriormente, notei que não via sentido algum em reproduzir o mesmo repertório executado por milhares de pianistas no mundo inteiro. A minha percepção, na época, era de que aquilo tudo havia se tornado uma grande inutilidade. Não queria ser simplesmente mais um… Essa situação culminou com um afastamento temporário do piano. Na época, parecia ser uma decisão definitiva e, assim, passei a me dedicar a outras atividades, primeiramente à arquitetura, e, posteriormente, à realização de eventos culturais. É importante mencionar que, quando criança, estudei em uma escola bastante tradicional, onde também estudei piano sob o signo do rigor, sempre ouvindo “isso pode, aquilo não pode…” etc. Mais tarde, descobri que meu descontentamento com a música estava relacionado a esse tipo de educação. O Brasil é um país muito peculiar: miscigenado, tropical, diversificado, cheio de ritmos, mas ainda continuamos querendo imitar ad nauseam o purista modelo europeu. Consequentemente ficamos, na maior parte das vezes, feito papagaios, repetindo e ouvindo os mesmos “Beethovens, Mozarts e Schuberts”, como artistas e plateias do dito “primeiro mundo”, em vez de enxergarmos, aceitarmos e explorarmos o enorme potencial de nossa música. Podemos ser muito mais interessantes e creio cada vez mais que o termo erudito, no sentido estrito da palavra, não se aplica à nossa realidade, tanto que a música erudita brasileira está repleta de elementos característicos de nossa cultura popular. Porém, a música erudita nacional dificilmente é compreendida e bem interpretada: Se um pianista toca uma obra de um compositor erudito brasileiro, sem verdadeiramente penetrar na alma popular de nosso país, corre o risco de fazer uma interpretação linear e desinteressante. Isso é muito comum e ocorre com grande parte dos músicos de concerto. Penso que um dos segredos de uma boa interpretação da música brasileira está em interpretar a partitura de maneira mais livre, produzindo, assim, uma sonoridade mais adequada e flexível. Quando toco Jobim, Villa-Lobos ou qualquer outro compositor nativo, procuro sempre estar atento a essa questão, sempre com um olhar na fonte popular, buscando formas de traduzir as notas escritas com propriedade, transformando-as em sons generosamente brasileiros.

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Fábio Caramuru em Brasília

Fábio Caramuru em Brasília, por Christoph Diewald

Retomada

O distanciamento do piano durou alguns anos, até perceber que o problema não estava exatamente no instrumento e sim na maneira como eu me relacionava com o mesmo: minha prática era pautada no rigor excessivo, imposto pelas normas inflexíveis da música erudita. Na verdade, a música me fazia muita falta e nunca me afastei totalmente dela. Continuava tocando sem compromisso, em casa, intimamente, entre quatro paredes. Aos poucos, resgatei o prazer verdadeiro na música, o mesmo prazer lúdico de minha infância. É interessante lembrar que isso aconteceu graças à música brasileira, por meio da qual voltei ao piano por um outro viés, que não o do rigor. Pesquisei diversos álbuns de choros, valsas brasileiras, sambas, maxixes. Brinquei com as músicas dos mestres Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Inah Sandoval. Voltei a tocar os eruditos, tais como Camargo Guarnieri, Francisco Mignone, Villa-Lobos, Cláudio Santoro e, por fim, cheguei ao Tom Jobim.

Humildemente posso dizer que as mãos do grande mestre carioca me devolveram definitivamente ao meu verdadeiro rumo: o de músico profissional. Mergulhando na música de Jobim houve plena e imediata identificação com sua poética, com sua estética simples e econômica. Tudo isso não foi à toa, pois os grandes modelos de Tom Jobim também haviam me inspirado durante toda a vida: um rico mix das sonoridades e harmonias dos franceses Ravel, Satie e Debussy com os ritmos e sonoridades dos brasileiros Villa-Lobos e Radamés Gnattali. Foi assim que recuperei meu entusiasmo musical e pude trilhar boa parte das canções jobinianas, explorando o potencial pianístico contido em cada uma delas. Desde então venho estudando a música de Jobim e aprendendo mais e mais com a arte desse ser iluminado, que sintetiza como ninguém, com elegância e simplicidade, o imaginário musical brasileiro.

A partir de 2003, com performances de improvisação livre, passei a conquistar também maior flexibilidade como intérprete e criador musical, libertando-me para além das amarras do rigor das partituras.
Hoje, posso dizer que me sinto cada vez melhor diante do piano, continuando na eterna busca pelo aprimoramento da minha linguagem, que, no meu caso, é consequência de uma história pessoal nada linear. Toco aquilo que sou: do erudito ao popular, do brasileiro ao tradicional, e considero-me sobretudo um inventor. Não me vejo como um pianista essencialmente técnico, mas sim como um inquieto “buscador” de sonoridades. Acredito que fazer música seja, antes de tudo, emocionar-se e emocionar, e é assim que procuro viver sempre o momento presente de cada performance: intensamente.

(Texto publicado no anuário da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, na edição de setembro de 2012)[/][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

CAFÉ CULTURAL – A música de Tom Jobim por Fábio Caramuru
27 de outubro de 2012, 11h

Programa:

Villa-Lobos
Bachianas Brasileiras nº 4
Prelúdio
Coral
Ária
Dança

Francis Hime

Passaredo

Baden Powell
Consolação

Fábio Caramuru
Moods

Tom Jobim

Dindi
A Correnteza
Two kites
Flor do mato
Amparo
Chovendo na roseira
Choro
Quebra-pedra

Local: Auditório da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP)
Capacidade: 240 pessoas
Endereço: Av. Dr. Cardoso de Melo, 1450 – 1o. andar – cep: 04548-005 – São Paulo – SP
Informações e Inscrições: (11) 2125-3700 ou www.sbpsp.org.br
Valor dos ingressos: R$ 20,00 ( profissionais ) e R$ 15,00 ( estudantes, membros da SBPSP e profissionais da rede pública)

 

Sobre a Sociedade Brasileira de Psicanálise (SBPSP)

A Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo existe desde 24 de novembro de 1927, tendo sido a primeira sociedade psicanalítica da América Latina.  Foi a primeira sociedade brasileira a ser reconhecida pela Associação Psicanalítica Internacional da qual é membro componente, assim como é da Federação Psicanalítica da América Latina e da Federação Brasileira de Psicanálise.

Composta atualmente por 453 membros efetivos e associados da SBPSP e 307 membros filiados ao Instituto Durval Marcondes, a Sociedade de São Paulo busca manter o pluralismo psicanalítico teórico-clínico, a interação de psicanalistas com orientações diversas e também estimular férteis diálogos com outras áreas do conhecimento e da cultura. Mantém um notável fluxo científico e permanente de publicações, como o Jornal de Psicanálise e a Revista ide.

 

O reconhecimento

A SBPSP tem sido reconhecida por sua destacada participação na evolução da Psicanálise latino-americana e internacional, a partir do trabalho pioneiro de Durval Marcondes e Adelheid Koch e da contínua atividade de seus seguidores, até os dias de hoje. Não só ajudou o desenvolvimento de outras sociedades, como passou a ser um criativo pólo irradiador de idéias e de novos centros analíticos. Progressivamente, vários de seus membros tem tido uma importante participação no cenário nacional e internacional da Psicanálise e na vida associativa da ABP, da FEPAL e da IPA.

A IPA, fundada por Freud em março de 1910, durante o Congresso de Nuremberg, tem como objetivo garantir a vigência e o desenvolvimento permanente da Psicanálise como ciência, como tratamento e como profissão. Agrega psicanalistas de 33 países tendo por primeira vez como presidente um brasileiro, empossado em 2005 no Rio de Janeiro, no primeiro Congresso Internacional de Psicanálise realizado no Brasil. O atual presidente é canadense.

A FEBRAPSI – Federação Brasileira de Psicanálise fundada em 6 de maio de 1967 é composta pelas Sociedades, Grupos de Estudos e Núcleos que integram a psicanálise brasileira filiada a IPA, tem como função congregar as organizações componentes promovendo, integrando, difundindo e refletindo a Psicanálise que existe e que é praticada no Brasil. Mantém atividades científicas, administrativas, de relações exteriores, de publicações e de divulgação. Promove em anos alternados o Congresso Brasileiro de Psicanálise e publica a Revista Brasileira de Psicanálise. Patrocina e promove eventos, simpósios e intercâmbio científico em vários estados brasileiros.

 

Fábio Caramuru e Marco Bernardo em concerto com a Orquestra do Theatro São Pedro

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Com o regente Emiliano Patarra e Mariô Rebouças, após o ensaio

Ensaio, 21 ago 2012

Ensaio

Amigos, após o súbito cancelamento ocorrido há 10 dias, já estão definidas as novas datas, horários e programa. Os concertos serão no Theatro São Pedro, nos dias 22 e 24 de agosto, às 20h30, com regência do Emiliano Patarra. Vou achar o máximo vê-los por lá, a obra é muito especial. Abraços!

Astor Piazzolla (1921 – 1992)
“Las Cuatro Estaciones Porteñas” (transcr.: Ivan Bragatto)
I. Verano Porteño
II. Otoño Porteño
III. Invierno Porteño
IV. Primavera Porteña
Arturo Márquez (1950)
Danzón 2
INTERVALO
Cyro Pereira (1929-2011)
Variações sobre o Carinhoso de Pixinguinha
Luiza de Antônio Carlos Jobim
Rodrigo Morte (1976)
Fantasia para dois pianos e orquestra sobre temas de Tom Jobim
I. Chovendo na Roseira / Estrada do Sol
II. Olha Maria
III. A Felicidade / Quebra-pedra
Regência: Emiliano Patarra
Solistas: Fabio Caramuru (piano) e Marco Bernardo (piano)
Theatro São Pedro (636 lugares), Rua Barra Funda, 171 – Barra Funda, São Paulo – SP
Informações: 11 3667 0499
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)



Fábio Caramuru e Marco Bernardo fazem estreia nacional de obra para dois pianos e orquestra sobre temas de Tom Jobim

Os pianistas Fábio Caramuru e Marco Bernardo tocarão em primeira audição nacional a Fantasia Para Dois Pianos e Orquestra sobre Temas de Tom Jobim, de Rodrigo Morte. Os concertos acontecerão no Theatro São Pedro, nos dias 22 e 24 de agosto, com a Orquestra do Theatro São Pedro, sob regência do maestro Emiliano Patarra.
A obra, escrita em três movimentos, teve sua estreia internacional na Bélgica, em dezembro passado, durante o Europalia International Festival Arts, ocasião em que Fábio Caramuru foi solista da Brussels Philharmonic, juntamente com o pianista belga Alexander Gurning. Agora o público brasileiro terá a oportunidade de apreciá-la ao vivo pela primeira vez.
Os dois pianistas se destacam no cenário musical pela versatilidade e pela dedicação ao repertório brasileiro. Fábio Caramuru vem há duas décadas divulgando internacionalmente a obra de Tom Jobim e Marco Bernardo acaba de lançar a integral de Choros para Piano de Radamés Gnattali.

Concerto com a Orquestra do Theatro São Pedro, Solistas Fábio Caramuru e Marco Bernardo, Regente Emiliano Patarra
22 de agosto às 20h30 | 24 de agosto às 20h30
Programa: Homenagem a Luiz Gonzaga (100 Anos), Noel Rosa, Tom Jobim e West Side Story de Leonard Bernstein
Theatro São Pedro (636 lugares), Rua Barra Funda, 171 – Barra Funda, São Paulo – SP
Informações: 11 3667 0499
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
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