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Duo Brasil em dois pianos, com Fábio Caramuru e Marco Bernardo, realiza concerto Radamés encontra Jobim, na Sala São Paulo

Domingo, dia 10 de abril de 2016

O duo Brasil em Dois Pianos, formado pelos pianistas Fábio Caramuru e Marco Bernardo, fará um concerto na Sala São Paulo, domingo, dia 10 de abril de 2016, às 11h, com ingressos gratuitos, dentro da Série de Concertos Matinais 2016, produzida pela Fundação OSESP. Trata-se do terceiro concerto do duo nessa importante série musical paulistana.

No final de 2014, o duo realizou uma turnê por cinco capitais brasileiras, patrocinada pelos Correios, além de um concerto gravado na Série Instrumental SESC Brasil.

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Fábio Caramuru e Marco Bernardo

Marco Bernardo e Fábio Caramuru, por Otavio Dias

Fábio Caramuru é um dos maiores especialistas do Brasil em Tom Jobim, tema de seu mestrado pela ECA-USP. Além disso, lançou, em 2007, o CD duplo Piano – Tom Jobim por Fábio Caramuru. Marco Bernardo, por sua vez, é nome de referência no país quando se trata do legado de Radamés Gnattali. Em 2012, lançou o CD duplo Radamés Gnattali: Integral dos Choros para Piano Solo.

O concerto promove um instigante diálogo entre a música dos dois grandes compositores brasileiros – Radamés Gnattali e Tom Jobim – trazendo arranjos para dois pianos elaborados por Marco Bernardo, de grandes sucessos, como Samba do Avião, Águas de Março, Remexendo, Desafinado e Insensatez. Os arranjos e solos para piano de Tom Jobim são de autoria de Fábio Caramuru.

PROGRAMA

TOM JOBIM [/][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”][1927-94]
Dindi [1959] [Arranjo de Fábio Caramuru] 4 MIN

RADAMÉS GNATTALI [1906-1988]
Carinhosa [1948] 3 MIN

Remexendo [1949] 3 MIN

Alma Brasileira [1939] 4 MIN

TOM JOBIM [1927-94]
Ligia [1976] 3 MIN

Desafinado [1959] [Aranjo de Marco Bernardo] 5 MIN

Água de beber [1961] [Arranjo de Fábio Caramuru] 4 MIN

RADAMÉS GNATTALI [1906-88]
Uma Rosa Para Pixinguinha [1964] 3 MIN

TOM JOBIM [1927-94]
A correnteza [1976] [Arranjo de Fábio Caramuru] 4 MIN

Insensatez [1960] [Aranjo de Marco Bernardo] 4 MIN

RADAMÉS GNATTALI [1906-88]
Zanzando em Copacabana [1958] 3 MIN

TOM JOBIM [1927-94]
Chovendo na roseira [1970] [Arranjo de Fábio Caramuru] 3 MIN

Meu amigo Radamés [1985] [Arranjo Radamés Gnattali] 3 MIN

Samba do avião [1962] [Aranjo de Marco Bernardo] 3 MIN

Águas de março [1972] [Aranjo de Marco Bernardo] 4 MIN

SERVIÇO

BRASIL EM DOIS PIANOS | DOMINGO 10 DE ABRIL às 11h.

SÉRIE CONCERTOS MATINAIS 2016

SALA SÃO PAULO – Praça Julio Prestes, 16, São Paulo, SP.

INGRESSOS GRATUITOS
Ingressos disponíveis na bilheteria do 1º subsolo da Sala São Paulo a partir da segunda-feira anterior ao concerto, limitados a quatro por pessoa. A partir de cinco ingressos, será cobrado o valor de R$ 2,00 por ingresso, também limitados a quatro por pessoa.
No dia do concerto, havendo disponibilidade, a distribuição de ingressos será a partir das 10h. Limitado a um ingresso por pessoa.
Informações: T 55 11 3223 3966.
Devido à grande procura, recomendamos que verifique se há disponibilidade de ingressos.
Capacidade: 1484 lugares. Ar condicionado. Acesso para deficientes.

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      Camargo Guarnieri - Estudo nº 6, por Fábio Caramuru - Camargo Guarnieri - Estudo nº 6, por Fábio Caramuru

Estudo nº 6, de Camargo Guarnieri, interpretado por Fábio Caramuru, gravado em 1999, em São Paulo, no Teatro Cultura Artística, em piano Steinway, modelo D/Concerto. Parte do CD Especiarias do piano paulista – 25 obras de Inah Sandoval e Camargo Guarnieri.

Sobre Camargo Guarnieri

(…)

A vida musical de Camargo Guarnieri é diversificada, ele desempenha tripla função em sua carreira profissional: de compositor, professor e regente. Como compositor representa a concretização musical do nacionalismo modernista. Suas relações com as ideias modernistas, e particularmente com Mário de Andrade, têm características muito especiais. Mário de Andrade e Lamberto Baldi tornam-se os responsáveis pela sua formação: Baldi desenvolve os aspectos técnicos enquanto Mário de Andrade o orienta em estética e cultura geral. Inicia-se outro período na vida de Camargo Guarnieri, que tem, na época, somente os dois primeiros anos da escola primária concluídos, na cidade de Tietê. Nesse sentido é possível compreender seu eterno reconhecimento por esses dois homens, aos quais atribui toda a sua educação.

Uma das primeiras coisas que Baldi faz é colocá-lo na orquestra. Estuda o dia todo, toca na orquestra e à noite após o jantar tem aula com o professor e outros sete alunos. A experiência como músico na orquestra é fundamental para o seu desenvolvimento, pois, além de regente, Baldi é um inovador que apresenta pela primeira vez vários trabalhos contemporâneos nos teatros brasileiros. Muitas peças do compositor russo Igor Stravinsky (1882 – 1971), por exemplo, têm as primeiras audições latino-americanas sob sua regência, em São Paulo. Essa experiência possibilita que escreva as primeiras composições para orquestra, começando pela Suíte Infantil, em 1929.

O nacionalismo de Camargo Guarnieri não consiste em citar melodias folclóricas nem empregar elementos folclóricos não modificados. Em toda a sua obra existem poucos exemplos de utilização direta desses temas, entre eles estão as Variações sobre um Tema Nordestino (1953), para piano e orquestra, e a melodia que faz parte do quinto movimento da Suíte Vila Rica para Orquestra (1958). Quer ser reconhecido como compositor nacional e não como compositor folclórico, mas acredita que a música brasileira nacionalista pressupõe a inspiração no material folclórico.

Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural

      Feliz de Tia Inah Sandoval por Fábio Caramru - Fábio Caramuru

Feliz, de Tia Inah Sandoval, por Fábio Caramuru, gravado em 1999, em São Paulo, no Teatro Cultura Artística, em piano Steinway, modelo D/Concerto. Parte do CD Especiarias do piano paulista – 25 obras de Inah Sandoval e Camargo Guarnieri.

Sobre Inah Machado Sandoval e o CD Especiarias do piano paulista

Paulo Ramos Machado – Prof. de História da Arte

Inah Machado Sandoval nasceu no dia 27 de maio de 1906. Portanto, neste ano da graça de 1995 ela completará 89 anos. Mas, estes muitos anos de vida não constituem o principal fio condutor de uma crítica à sua história e à sua arte. Há coisas além do espaço e do tempo que nos importam mais, quando se fala ou escreve sobre Inah Machado Sandoval ou simplesmente – e carinhosamente – Tia Inah. Carinhosamente porque não seria possível a alguém – da família ou não –dizer seu nome sem um tom de suavidade na voz.

“Tia” ficou sendo para nós, que a conhecemos, mais do que um grande parentesco: é uma palavra alegre vinda do coração. Tia Inah é uma compositora. Dito assim crê que é pouco. Uma compositora pode se destacar pela excelência das construções técnicas, pelo requinte contrapontístico dos jogos melódicos, pela ousadia no rompimento das regras tradicionais (ou clássicas) de composição. Porém, independentemente de um plano acadêmico apurado, pode-se conceber um outro nível de criação menos rigoroso, menos formal, menos intelectual, porém não menos expressivo e, quem sabe, por isso mesmo, mais possível de penetrar profundamente em nossa alma. Tia Inah faz isso com suas composições. Faz música sem pensar no que é permitido ou proibido pelos tratados de Harmonia.

Ela começou a compor ainda muito jovem. A primeira mestra foi sua mãe, Elvira Lacaz Machado, que no início deste século se destacou como uma das mais competentes professoras de piano da provinciana, e talvez muito mais encantadora, cidade de São Paulo. Casou-se com Floro Sandoval e foi morar na cidade de Franca. Teve quatro filhos e continuou mantendo uma particular forma de entender a vida em que o elemento essencial era a amizade dos seus semelhantes; a sinceridade no trato quotidiano com as pessoas do seu mundo; a crença na beleza da música que foi seu alimento espiritual desde aqueles tempos da juventude até hoje.

Tia Inah nunca parou de compor. Não conheço em detalhes todos os momentos de sua vida. Não importa. Mas, nesta síntese que procuro fazer agora, posso dizer que Tia Inah faz parte, com suas composições, de uma história da música brasileira, uma história muito especial, aquela dos compositores desejosos de dizerem, com música, aquilo que é a essência primeira da alma brasileira. Ela lembra Ernesto Nazareth ou Alexandre Levi. Em algumas composições transparece a sua vontade de homenagear os ídolos do seu onírico universo musical: Albeniz, Chopin, Debussy… Seus tangos brasileiros, canções, músicas espanholas e principalmente valsa brasileiras são expressões de seus momentos de devaneio lírico: e sempre, sempre querendo ser simples, direta e mensageira de uma forma de arte despretensiosa, em algumas passagens até ingênua, mas, indiscutivelmente, autêntica.

Um outro gênero que Tia Inah cultivou foi o das músicas infantis. São pequenas peças nas qual o adjetivo infantil possua um especial significado. São peças chamadas infantis, não porque sejam fáceis de serem tocadas, mas porque foram pensadas numa linguagem que permaneceu em estado de pureza na alma de Tia Inah. Ela que, mesmo sem saber, seguindo o conselho do pintor Matisse, sempre viu o mundo, a vida e a arte com olhos de criança. Este CD, além de ser um registro histórico, é também uma homenagem a uma compositora cujos méritos artísticos e humanos se inscrevem entre as melhores coisas já feitas pela música de nossa terra.

      Amparo, de Tom Jobim, por Fábio Caramuru - Fábio Caramuru

 

Amparo, de Tom Jobim, interpretado por Fábio Caramuru, parte do CD Piano – Tom Jobim por Fábio Caramuru.

Amparo / Olha, Maria (Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Chico Buarque)

Olha, Maria
Eu bem te queria
Fazer uma presa
Da minha poesia
Mas hoje, Maria
Pra minha surpresa
Pra minha tristeza
Precisas partir

Parte, Maria
Que estás tão bonita
Que estás tão aflita
Pra me abandonar
Sinto, Maria
Que estás de visita
Teu corpo se agita
Querendo dançar

Parte, Maria
Que estás toda nua
Que a lua te chama
Que estás tão mulher
Arde, Maria
Na chama da lua
Maria cigana
Maria maré

Parte cantando
Maria fugindo
Contra a ventania
Brincando, dormingo
Num colo de serra
Num campo vazio
Num leito de rio
Nos braços do mar

Vai alegria
Que a vida, Maria
Não passa de um dia
Não vou te prender
Corre, Maria
Que a vida não espera
É uma primavera
Não podes perder

Anda, Maria
Pois eu só teria
A minha agonia
Pra te oferecer
Anda, Maria
Pois eu só teria
A minha agonia
Pra te oferecer

Sobre Tom Jobim

Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim – ou Tom Jobim -, compositor, cantor, violonista e pianista, um dos maiores expoentes da música brasileira, foi também um dos principais responsáveis pela internacionalização da bossa nova, estilo e movimento musical com influências jazzísticas, iniciado por volta de 1958 no Rio de Janeiro, que introduziu invenções melódicas e harmônicas no samba.

Considerado um dos grandes compositores de música popular do século 20, as raízes de Tom Jobim encontram-se no jazz, em Gerry Mulligan, Chet Baker, Barney Kessel e outros músicos da década de 1950. Ao mesmo tempo, Jobim sofreu influências da música erudita, principalmente do compositor francês Claude Debussy, e dos ritmos do samba.

A certa maneira simples e melódica de tocar o piano, Jobim acrescentava sempre um toque de invenção, uma sonoridade inesperada, enquanto sua voz, ligeiramente rouca, salientava os aspectos emocionais das letras.

Depois de ter pensado em seguir a carreira de arquiteto, Jobim acabou se dedicando exclusivamente à música: aos vinte anos já se destacava em casas noturnas e estúdios de gravação. Se primeiro disco foi gravado em 1954, mas o sucesso veio em 1956, quando, junto com o poeta Vinicius de Moraes, elaborou a música da peça teatral “Orfeu da Conceição” (no cinema, “Orfeu negro”).

A bossa nova surgiria efetivamente em 1958, quando Jobim produz o disco “Chega de saudade”, no qual João Gilberto toca e canta músicas do próprio Jobim.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/tom-jobim.htm

Fábo Caramuru e sua mãe, Neide Bello Caramuru

 “Neste filme, de abril de 1950, resgatado graças ao empenho dos primos Oswaldo Vitta e Silvana Miani, encontramos um tesouro: imagens surpreendentes de uma festa na Mooca, em São Paulo, na qual aparecem meus pais, ainda noivos, tios, primos e minha avó. Foi uma das maiores emoções da minha vida poder rever, após tantos anos de separação, imagens da minha mãe, tão alegre! Escolhi para trilha musical dessa preciosidade familiar o chorinho “Feliz”, da querida Tia Inah, que gravei ao piano.”

(Fábio Caramuru, setembro de 2015)

Sopranos Sumi Hwang e Jodie Devos em turnê pelo Brasil

Vencedoras de concurso na Bélgica se apresentam no Teatro Amazonas

Coreana e belga apresentaram peças clássicas com a Filarmônica
Sopranos ficaram em 1º e 2º lugar no Concurso Rainha Elisabeth

Sérgio Rodrigues e Camila Henriques do G1 AM

A Orquestra Amazonas Filarmônica se apresentou com um reforço de peso na noite desta quinta-feira (20) no Teatro Amazonas, no Centro de Manaus. Vencedoras do Concurso Internacional de Música Rainha Elisabeth, da Bélgica, a coreana Sumi Hwang e a belga Jodie Devos iniciaram turnê brasileira com um concerto na capital amazonense.

As sopranos Sumi, de 29 anos, e Jodie, 26, ficaram em primeiro e segundo lugar, respectivamente, no tradicional concurso no ano passado. Em Manaus, elas se apresentaram sob a regência do maestro Marcelo de Jesus. O espetáculo reuniu peças famosas assinadas por compositores como Mozart, Puccini e Wagner, entre outros.

“Foi um concerto de alto nível, podemos perceber que é um concurso muito sério onde vemos o nivel das finalistas. Eu não saberia falar quem mereceu ficar em primeiro ou segundo. O que é bacana pra gente foi que elas se surpeenderam com o nível da orquestra, realmente é uma das melhores do Brasil e isso deixa a gente bem feliz. Todos os músicos saíram felizes. Quando acontece essa química entre solista, maestro e músicos isso resulta em um concerto de sucesso”, disse o maestro Marcelo de Jesus.

Atualmente, as duas sopranos vivem na Europa. Sumi iniciou seus estudos em Seul, mas aperfeiçou sua técnica na Alemanha. Jodie é diplomada pela Academia de Música de Londres e figura como membro da Academia de Ópera Cômica de Paris. Ao G1, as duas destacaram a calorosa recepção do público manauense no Teatro Amazonas.

“Esta foi a primeira vez que eu vim ao Brasil para cantar e estou me divertindo bastante aqui. O povo brasileiro é muito apaixonado pela música e pelas apresentações e me sinto muito confortável com eles. O público é bem diferente do que estou acostumada na Alemanha. É muito legal e me senti como uma pop-star!”, declarou Sumi Hwang.

Jodie também destacou a diferença entre o público brasileiro e o europeu. A belga ressaltou a beleza do Teatro Amazonas. “Eu me senti muito sortuda de poder me apresentar no Teatro. É um lugar maravilhoso. O público é tão receptivo e caloroso, muito difente da Bélgica, onde todos são sérios. Poder cantar com a Sumi também é fantástico. Já cantei com ela algumas vezes e ela é uma grande artista”, disse.

O Teatro Amazonas lotou para a apresentação da orquestra Amazonas Filarmônica. O casal Silmara Rosseto, 46, e Fernando Fujimoto, 50 anos, aprovou a apresentação.”Foi tudo muito bonito desde o começo. Eu gostei mais da soprano belga, achei ela com mais sentimento, apesar das duas serem fantásticas. E a Filarmônica é fora de série”, elogiaram.

Fonte: http://g1.globo.com/am/amazonas/musica/noticia/2015/08/vencedoras-de-concurso-na-belgica-se-apresentam-no-teatro-amazonas.html

Sumi Hwang e Jodie Devos, vencedoras do Concurso Rainha Elisabeth em 2014, apresentam-se em quatro capitais brasileiras, de 20 a 31 de agosto de 2015

Manaus, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba estão na rota das cantoras, que apresentam programa de canções e árias de óperas famosas, em solos e duos, em recitais e concertos. 

Um dos mais importantes eventos do gênero na Europa, o Concurso Internacional de Música Rainha Elisabeth da Bélgica (www.cmireb.be/en) tem se notabilizado por revelar talentos para a cena erudita mundial. Em 2014, as vencedoras foram Sumi Hwang e Jodie Devos, sopranos que agora vêm ao país para uma turnê em quatro capitais, realizada pela Echo Promoções Artísticas.

A estreia será em Manaus, dia 20 de agosto, quinta-feira, no Teatro Amazonas, às 20h. Na ocasião elas dividem o palco com a Orquestra Amazonas Filarmônica, sob regência do maestro Marcelo de Jesus, com ingressos gratuitos e a R$ 20 (com meia-entrada). Em seguida, partem para o Rio de Janeiro, onde realizam recital na Sala Cecília Meirelles, dia 23, domingo, às 17h. Para essa apresentação, que contará com a participação do pianista Marco Bernardo, os ingressos custam R$ 40 (com meia-entrada).

Em São Paulo, a apresentação será no dia 30 de agosto, domingo, às 11h, no Theatro Municipal, com entrada franca. O concerto é parte da programação regular da Orquestra Experimental de Repertório, pela série Jeans e Camiseta, do projeto Municipal na Cidade. A regência será do maestro Carlos Moreno.

O encerramento da turnê acontece em Curitiba, na segunda-feira, dia 31 de agosto, às 20h30, Hwang e Devos reencontram Marco Bernardo em recital na Capela Santa Maria. Os ingressos custam R$ 20 (com meia-entrada).

Tradição

A presença das sopranos dá continuidade a uma tradição iniciada em 2010. Desde então, todos os cantores, violinistas e pianistas, que obtiveram êxito na competição belga, têm desembarcado em solo brasileiro, sempre em turnês com curadoria de Cristina Barros e Fábio Caramuru.  Dessa vez, os programas escolhidos reúnem canções e árias de óperas famosas, assinadas por compositores como Mozart, Puccini, Rachmaninoff, Wagner e Gounod. Elas serão apresentadas em recitais e concertos, em solos e duos.

Curadores | Cristina Barros e Fábio Caramuru
Site oficial do projeto | www.solistasinternacionais.com.br
Projeto Gráfico | www.studionapraca.com.br
Patrocínio
| Peróxidos do Brasil e Coimpa Industrial Ltda.
Apoio | Embaixada da Bélgica
Realização | Echo Promoções Artísticas

Sumi Hwang

Iniciou seus estudos em Seul, aperfeiçoando-se na Escola de Música e Teatro de Munique. Antes de conquistar o 1º lugar no Concurso Rainha Elisabeth da Bélgica, acumulou outros êxitos importantes, como no Concurso Internacional ARD, Anneliese Rothenberger e Emmerich Smola, todos na Alemanha. Entre seus principais papéis figuram o da Princesa em “L’Enfant et les Sortilèges”, de Ravel, na Ópera Nacional da Coreia; o de Norina em “I pazzi per progetto”, de Donizetti, no Prinzregententheater de Munique, entre outros. Já cantou sob regência de maestros como Dan Ettinger e Enrico Delamboye etc.

Jodie Devos

É diplomada pela Academia de Música de Londres. O segundo lugar no Concurso Rainha Elisabeth da Bélgica ratifica sua ascensão na cena europeia, que inclui papéis como Serpina em “La Serva Padrona”, de Pergolesi, Blondchen em “Die Entführung aus dem Serail”, de Mozart e Miss Wordsworth em “Albert Hering”, de Britten. Como solista, tem sido ouvida com frequência em países como Bélgica, Alemanha, Inglaterra e França, onde é membro da Academia de Ópera Cômica de Paris.

CONCERTOS

20 de agosto | quinta-feira | 20h | Teatro Amazonas | Manaus (AM)
Sumi Hwang & Jodie Devos (sopranos)
Concerto com a Orquestra Amazonas Filarmônica
Regência: Maestro Luiz Fernando Malheiro
Local: Teatro Amazonas | Largo São Sebastião, s/nº – Centro – Manaus (AM)
Ingressos: Plateias e frisas R$ 20 (com meia-entrada). Entrada franca nos demais pavimentos (retirada na bilheteria no dia do concerto)

W. A. Mozart
Abertura da ópera “As Bodas de Fígaro” (orquestra)
Sull’aria… Che soave zeffiretto, de “As Bodas de Fígaro” (dueto)
Giunse alfin il momento… Deh vieni, non tardar, de “As Bodas de Fígaro” (Jodie Devos)
Ach, ich fühl’s, es ist verschwunden, da ópera “A Flauta Mágica” (Sumi Hwang)
O, zittre nicht, mein lieber Sohn, de “A Flauta Mágica” (Jodie Devos)
Der Hölle Rache, de “A Flauta Mágica” (Jodie Devos)

R. Wagner
Abertura da ópera “Os Mestres Cantores de Nuremberg” (orquestra)

C. Gounod
Je veux vivre, da ópera “Romeu & Julieta” (Sumi Hwang)

G. Puccini
Si, mi chiamano Mimì, da ópera “La Bohème” (Sumi Hwang)

G. Donizetti
Regnava nel silenzio, da ópera “Lucia di Lammermoor” (Jodie Devos)

G. Puccini
O, mio babbino caro, da ópera “Gianni Schicchi” (Sumi Hwang)

J. Offenbach
Belle nuit, ô nuit d’amour, da ópera “Os Contos de Hoffmann” (dueto)

30 de agosto | domingo | 11h | Theatro Municipal | São Paulo (SP)
Sumi Hwang & Jodie Devos (sopranos)
Concerto com a Orquestra Experimental de Repertório (Série Jeans e Camiseta)
Regência: Maestro Carlos Moreno
Local: Theatro Municipal | Praça Ramos de Azevedo s/nº – Centro – São Paulo (SP)
Ingressos: Entrada Franca – retirada de até 2 ingressos por pessoa, a partir de 3 horas antes do início do espetáculo, na bilheteria do Theatro

W. A. Mozart
Abertura da ópera “As Bodas de Fígaro”

S. Rachmaninoff
Ne pov krasavitza pri mne (Sumi Hwang)

C. Gounod
Je veux vivre, da ópera “Romeu & Julieta” (Sumi Hwang)

G. Puccini
Si, mi chiamano Mimì, da ópera “La Bohème” (Sumi Hwang)

G. Puccini
O, mio babbino caro, da ópera “Gianni Schicchi” (Sumi Hwang)

W. A. Mozart
Abertura da ópera “A Flauta Mágica”

W. A. Mozart
Der Hölle Rache, de “A Flauta Mágica” (Jodie Devos)

W. A. Mozart
Una donna a quindici anni, da ópera “Così Fan Tutte” (Jodie Devos)

L. Delibes
Ah! Où va la jeune indoue, da ópera “Lakmé” (Sumi Hwang)

G. Donizetti
Regnava nel silenzio, da ópera “Lucia di Lammermoor” (Jodie Devos)

W. A. Mozart
Sull’aria… Che soave zeffiretto, de “As Bodas de Fígaro” (dueto)

L. Delibes
Dueto das Flores (dueto)

RECITAIS

23 de agosto | domingo | 17h | Sala Cecília Meirelles | Rio de Janeiro (RJ)
Sumi Hwang & Jodie Devos (sopranos)
Recital de Canto e Piano
Piano: Marco Bernardo
Local: Sala Cecília Meirelles | Largo da Lapa, 47 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Ingressos: R$ 40 (com meia-entrada).  www.ingresso.com

31 de agosto | segunda-feira | 20h30 | Capela Santa Maria| Curitiba (PR)
Sumi Hwang & Jodie Devos (sopranos)
Recital de Canto e Piano
Piano: Marco Bernardo
Local: Capela Santa Maria | Rua Conselheiro Laurindo, 43 – Centro – Curitiba (PR)
Ingressos: R$ 20 (com meia-entrada).  www.ingresso.com

S. Rachmaninoff
Ne pov krasavitza pri mne (Sumi Hwang)

G. Donizetti
Regnava nel silenzio, da ópera “Lucia di Lammermoor” (Jodie Devos)

C. Gounod
Je veux vivre, da ópera “Romeu & Julieta” (Sumi Hwang)

W. A. Mozart
Der Hölle Rache, de “A Flauta Mágica” (Jodie Devos)

Gluck-Sgambati
Melodia, de “Orfeu e Eurídice” (piano solo, Marco Bernardo)

G. Puccini
Si, mi chiamano Mimì, da ópera “La Bohème” (Sumi Hwang)

W. A. Mozart
Una donna a quindici anni, da ópera “Così Fan Tutte” (Jodie Devos)

G. Puccini
O, mio babbino caro, da ópera “Gianni Schicchi” (Sumi Hwang)

L. Delibes
Ah! Où va la jeune indoue, da ópera “Lakmé” (Sumi Hwang)

G. Verdi
Prelúdio, Ato III, da ópera “La Traviata” (piano solo, Marco Bernardo)

W. A. Mozart
Sull’aria… Che soave zeffiretto, de “As Bodas de Fígaro” (dueto)

J. Offenbach
Barcarolle, da ópera “Os Contos de Hoffmann” (dueto)

L. Delibes
Viens, Mallika… Sous le dôme épais, da ópera “Lakmé” (dueto)

 

 

Fábio-Caramuru-e-Marco-Bernardo-Instrumental-SESC-Brasil

O duo Brasil em Dois Pianos, formado pelos pianistas Fábio Caramuru e Marco Bernardo, fará turnê por cinco capitais brasileiras no mês de novembro de 2014: São Paulo (7), Rio de Janeiro (9), Curitiba (17), Brasília (19) e Belo Horizonte (26). Intitulada Tom Jobim, 20 Anos de Saudade, a série de apresentações é uma homenagem ao maestro soberano e lembra sua parceria com outro grande artista brasileiro: Radamés Gnatalli. O projeto conta com o patrocínio dos Correios, sendo mais uma realização da Echo Promoções Artísticas.
Site oficial do projeto: www.brasilemdoispianos.com.br

 

Em São Paulo (Museu da Casa Brasileira) e Brasília (Casa Thomas Jefferson) a entrada é franca; já em Curitiba (Capela Santa Maria), Rio de Janeiro (Espaço Tom Jobim) e Belo Horizonte (Teatro Bradesco), os ingressos custam entre R$ 5 e R$ 20 (ver tabela de serviço).

Fábio Caramuru é um dos maiores especialistas do Brasil em Tom Jobim, tema de seu mestrado pela ECA-USP. Além disso, lançou em 2007 o CD duplo Piano – Tom Jobim por Fábio Caramuru. Marco Bernardo, por sua vez, é nome de referência no país quando se trata do legado de Radamés Gnattali. Em 2012, lançou o CD duplo Radamés Gnattali: Integral dos Choros para Piano Solo.

 

PROGRAMA

Samba do avião (Tom Jobim) / Zanzando em Copacabana (Radamés Gnattali) / Remexendo (Radamés Gnattali) / Two kites (Tom Jobim) / Alma brasileira (Radamés Gnattali) / Prelúdio nº 4 (Chopin) / Insensatez (Tom Jobim) / Desafinado (Tom Jobim) / Dindi (Tom Jobim) / Meu amigo Radamés (Tom Jobim) / Domingo no parque (Gilberto Gil) / Serenata do Adeus (Vinicius de Moraes) / Baião malandro (Egberto Gismonti) / Samambaia (Cesar Camargo Mariano) / Cristal (Cesar Camargo Mariano) / Águas de março (Tom Jobim).
Duração aproximada: 80 minutos.

 

SÃO PAULO (SP)
Data: 7 de novembro, sexta-feira, 20h
Local: Museu da Casa Brasileira
Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.705.
Informações: 11 3032 3727.
Concerto gratuito / Recomenda-se chegada com 1 hora de antecedência.

RIO DE JANEIRO (RJ)
Data: 9 de novembro, domingo, 17h
Local: Espaço Tom Jobim, Jardim Botânico
Endereço: Rua Jardim Botânico, 1.008.
Informações: 21 2274 7012.
Ingressos: R$ 20 e R$ 10

CURITIBA (PR)
Data: 17 de novembro, segunda-feira, 20h
Local: Capela Santa Maria
Endereço: Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro
Informações: 41 3321 2840
Ingressos: R$ 20 e R$ 10

BRASÍLIA (DF)
Data: 19 de novembro, quarta-feira, 20h.
Local: Casa Thomas Jefferson
Endereço: SEP Sul 706/906
Informações: 61 34425501 ou pelo site www.thomas.org.br
Concerto gratuito – Recomenda-se chegada com 1 hora de antecedência.

Belo Horizonte (MG)
Data: 26 de novembro, quarta-feira, 20h30.
Local: Teatro Bradesco
Endereço: Rua da Bahia 2244 – Lourdes – BH
Informações: 31 3516 1360
Ingressos R$ 10 e R$ 5, obtidos na bilheteria ou  pelo site: www.ingressorapido.com.br
Site do teatro: http://teatrobradescobh.com.br
Horário de funcionamento da bilheteria: de segunda a sábado, das 12h às 20h; e domingo, das 12h às 19h, com dois atendentes.
A bilheteria funciona até 30 minutos depois do início do espetáculo.

Os pianistas Fábio Caramuru e Marco Bernardo interpretam Meu amigo Radamés

Gravação realizada no Teatro Anchieta, do Sesc Consolação, em 13 de outubro de 2014.

Sobre Jobim e Radamés até a construção de Brasília

(…)

Outro músico que desconhecia as fronteiras entre o erudito e o popular, e que teve profunda influência na obra de Tom Jobim, foi Radamés Gnattali. Os dois trabalharam juntos na gravadora Continental, onde Tom ingressou em 1952. Radamés era já um compositor e arranjador consagrado, e foi praticamente um pai musical para Tom, incentivando-o e dando preciosas dicas de composição e orquestração.

Por sugestão de Radamés, Tom compôs Lenda, uma obra para piano e orquestra sinfônica, que mescla o caráter impressionista típico de Debussy com o romantismo lírico de Rachmaninov. Quando completou 28 anos, Tom recebeu de Radamés um importante convite: reger Lenda no programa Quando os maestros se encontram, da Rádio Nacional, com Radamés ao piano.

A orquestra da Rádio Nacional era formada por músicos do mais alto calibre, muitos dos quais tocavam também na Orquestra Sinfônica Brasileira e na Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Não foi uma experiência fácil para Tom, que não estava acostumado a reger, mas Radamés, sentado ao piano, ajudou o inexperiente maestro dando entradas para os músicos da orquestra. Percebemos a importância que este evento teve na vida musical de Tom Jobim pela frase que ele disse naquela noite aos seus parentes e amigos, que saíram para celebrar com ele após o concerto: “Agora posso morrer. Qualquer lotação pode passar por cima de mim.”

A próxima obra sinfônica de Tom Jobim teve envergadura ainda maior: Sinfonia da Alvorada, para vozes e orquestra, em cinco movimentos, sobre textos de Vinicius de Moraes. A obra foi encomendada em 1958 por Juscelino Kubitschek, para ser apresentada na inauguração de Brasília em 1960. Tom trabalhou nela na mesma época do lançamento de Chega de Saudade e outras canções que assegurariam o sucesso da Bossa Nova. Tal qual as sinfonias e poemas sinfônicos de meados do século dezenove — como nas obras de Berlioz, Liszt e, posteriormente, Richard Strauss — Tom concebeu Sinfonia da Alvorada como uma obra programática. O primeiro movimento descreve em música a paisagem do Planalto Central; a chegada dos pioneiros e a construção da capital são abordados do segundo ao quarto movimentos; a quinta e última parte consiste em um coral comemorativo da conclusão dos trabalhos de construção.

Fonte: http://www.danielwolff.com.br/arquivos/File/Jobim.htm

Os pianistas Fábio Caramuru e Marco Bernardo interpretam Águas de março, em arranjo elaborado por Marco Bernardo

Gravação realizada no Teatro Anchieta, do Sesc Consolação, em 13 de outubro de 2014.

Águas de março

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita-Pereira

É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira

É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho

É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama

É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

Pau, pedra, fim do caminho
Resto de toco, pouco sozinho
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração