Posts

TOM JOBIM, 20 ANOS DE SAUDADE CELEBRA LEGADO DO COMPOSITOR, COM

APRESENTAÇÕES MUSICAIS E ENCONTRO PARA DISCUTIR A OBRA DO MAESTRO SOBERANO

 

Evento tem curadoria de Fábio Caramuru e acontece na Caixa Cultural, em SP. Entrada é franca

Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, ou simplesmente Tom Jobim (1927-1994), é considerado por muitos o maior artista de todos os tempos da música brasileira.

Criador e nome de referência do histórico movimento bossa nova, notável maestro, compositor, pianista e arranjador, ele terá seu legado revisitado entre os dias 17 e 20 de julho de 2014, na Caixa Cultural, em São Paulo, com a série Tom Jobim, 20 Anos de Saudade.

Com curadoria do pianista e produtor Fábio Caramuru, o evento terá entrada franca. Em quatro apresentações, reunirá diversas formações e artistas de reconhecida trajetória, que transitam com autoridade pelo repertório do homenageado, entre eles Paula e Jaques Morelenbaum, Alaíde Costa, Mario Adnet e Marco Bernardo, além do próprio curador, que em 2007 realizou o projeto Tom Jobim 80 Anos, no Rio de Janeiro, com patrocínio dos Correios.

Ao longo da programação, serão lembradas cerca de 60 canções de Tom Jobim e alguns de seus parceiros, tais como Dorival Caymmi, Vinicius de Moraes, Billy Blanco, Radamés Gnattali e Cesar Camargo Mariano. Além disso, seu legado também será tema de um encontro de especialistas, no dia 19: o jornalista Zuza Homem De Mello, os maestros Júlio Medaglia e Gil Jardim e o curador do projeto, Fábio Caramuru, debaterão a obra de Jobim com o público.

“Para mim, homenagear Tom Jobim é algo que acontece de forma cotidiana e natural, sendo um prazer inigualável interpretar sua música. A obra de Jobim proporciona uma inesgotável descoberta de sonoridades, talhadas no bom gosto e no equilíbrio, com harmonias, ritmos e melodias essenciais e bastante sofisticados. É uma grande honra estar à frente de um projeto dedicado à lembrança do maestro soberano, reunindo artistas tão representativos da cultura brasileira”, afirma Caramuru.


Programação

17 de julho | quinta-feira |19h15
Paula Morelenbaum (voz), Jaques Morelenbaum (violoncelo)
Marcelo Costa (percussão) e Lula Galvão (violão)

Programa: Surfboard | Samba de uma nota só | Brigas nunca mais | Águas de março | O grande amor | Sabiá | Insensatez | Falando de amor | Vivo sonhando | Desafinado | Só tinha de ser com você | A felicidade | Gabriela | Chega de saudade | Outra vez | Retrato em branco e preto | O morro não tem vez | Ela é carioca | Água de beber | Amor em paz | Wave

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

Paula Morelenbaum

[/][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

Jaques Morelenbaum

18 de julho | sexta-feira| 19h15
Mario Adnet (violão/direção musical)

Marcos de Andrade Nimrichter (piano), Marcelo Marcos Martins (sax tenor e alto), Eduardo Neves (flautas e sax tenor e soprano)

Programa: Só danço samba | Maracangalha (Dorival Caymmi) | Mojave | Antigua | Surfboard | Polo Pony | Sue Ann | Bonita | Valsa de Porto de Caxias | Samba do Avião | Esperança perdida (Tom Jobim e Billy Blanco)

19 de julho | sábado | 19h15
Fábio Caramuru e Marco Bernardo (dois pianos)

Samba do Avião | Chega de Saudade | Luiza | Ligia | Passarim | Remexendo (Radamés Gnattali) | Anos dourados | Retrato em branco e preto | Marina del Rey | Sabiá | Serenata do Adeus (Vinicius de Moraes) | Desafinado | Insensatez | Meu amigo Radamés | Samambaia (Cesar Camargo Mariano) | Baião malandro (Egberto Gismonti) | Domingo no parque (Gilberto Gil) | Águas de Março

Brasil em Dois Pianos | Foto Otavio Dias | Aronne Pianos SP

Às 20h30 | Conversa com o público sobre a obra de Tom Jobim, com Julio Medaglia, Fábio Caramuru, Gil Jardim e Zuza Homem de Mello

[/][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

Fábio Caramuru | Direção Artística

[/][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

Julio Medaglia

[/][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

Gil Jardim

[/][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

Zuza Homem de Mello

 

20 de julho | domingo | 19h15
Alaíde Costa (voz) e Giba Estebez (piano)

Retrato em branco e preto | Estrada branca | Caminho de pedra | Falando de amor | Caminhos cruzados | Insensatez | Pois é | Se é por falta de adeus | Cala meu amor | Demais | Outra vez | Modinha | Canta, canta mais

Entrada franca
CAIXA CULTURAL, São Paulo | Praça da Sé, 111, São Paulo
www.caixa.gov.br/caixacultural
tel. (11) 3321-4400

Patrocínio | Caixa Econômica Federal
Realização | Echo Promoções Artísticas | www.echobr.com.br

 

Perfis

Fábio Caramuru e Marco Bernardo – Duo Brasil em Dois Pianos

Ambos os pianistas destacam-se pela versatilidade. Marco Bernardo exerce intensa atividade como arranjador, regente, solista e camerista. Lançou em 2012 o CD duplo Radamés Gnattali – Integral dos Choros para Piano Solo. Caramuru, ex-aluno de Magda Tagliaferro em Paris, vem se aprimorando na arte de alternar-se com desenvoltura na interpretação do repertório erudito, da música brasileira e da improvisação. Lançou em 2007 o CD duplo Piano – Tom Jobim por Fábio Caramuru e divulga a obra de Jobim em diversos países.

 

Alaíde Costa

Iniciou sua carreira no final da década de 1940, no programa Arraia Miúda, de Renato Murce, na Rádio Nacional. Com um canto suave e sussurrado, é considerada uma das vozes mais perfeitas do país. Consagrou-se em 1964 com Onde está você?, de Oscar Castro Neves, grande marco da música popular brasileira. Com diversos discos gravados em 50 anos de carreira, participou dos principais programas de televisão e de rádio no eixo Rio-São Paulo e festivais internacionais, além de ter recebido importantes prêmios e homenagens de expoentes da música popular brasileira. Uma das grandes referências musicais do movimento surgido em 1957, a bossa nova, frequentava a boemia do Beco das Garrafas, em Copacabana.

 

Mario Adnet

Compositor, violonista, arranjador e produtor carioca, nascido em 1957, atua profissionalmente desde 1980, quando foi lançado o disco Alberto Rosenblit & Mario Adnet. Em 2003 foram lançados o CD duplo e o DVD Jobim Sinfônico, projeto concebido e produzido por Mario Adnet e Paulo Jobim, registro definitivo da obra orquestral de Tom Jobim, gravado ao vivo na Sala São Paulo, com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e participação de Milton Nascimento. Foi considerado pela Secretaria de Cultura de SP o melhor projeto do ano de 2002 e ganhador do Grammy Latino de 2004 na categoria de CD clássico, além de indicado ao Grammy americano em 2006, através do selo Adventure Music.

 

Jaques Morelenbaum

Compositor e diretor musical carioca, nascido em 1954, estudou violoncelo, regência, composição e análise de música, ainda no Brasil, antes de ingressar no New England Conservatory of Music. Com Caetano Veloso escreveu e produziu trilhas sonoras para O Quatrilho (1995), filme de Fábio Barreto, Tieta do Agreste (1996) e Orfeu (1999), ambos de Carlos Diegues. A parceria com Caetano Veloso começou no início dos anos 90 e se estendeu por toda a década, com destaque para o disco Livro, ganhador de um Grammy. Outro nome da música brasileira com quem estabeleceu parceria foi Tom Jobim, com quem tocou na Banda Nova de 1984 a 1994. Foi um dos membros do A barca do Sol e integra o Quarteto Jobim/Morelenbaum. Para cinema compôs várias trilhas sonoras, entre elas a de Central do Brasil (1998), de Walter Salles, em parceria com Antonio Pinto e vencedor do prêmio Sharp, e Olhos azuis (2009), de José Joffily, prêmio de melhor trilha sonora original no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2011.

 

Paula Morelenbaum

Entre 1984 e 1994, cantou ao lado do maestro Antonio Carlos Jobim, participando da gravação dos álbuns Passarim (1986 – Universal), Antonio Brasileiro (1993 – Som Livre), Tom Jobim Inédito (1995 – BMG), Tom canta Vinicius (2000 – Jobim Music / Universal) e apresentando-se no Brasil, Japão, Europa, Canadá e Estados Unidos, destacando-se concertos realizados no Carnegie Hall e no Lincoln Center. Em 1995, formou com Paulo Jobim, Daniel Jobim e Jaques Morelenbaum o Quarteto Jobim-Morelenbaum, um quarteto vocal e instrumental de formação camerística, aclamado pela crítica e público. Em 2001, com Ryuichi Sakamoto e Jaques Morelenbaum, formou o trio Morelenbaum2/Sakamoto e com ele lançou os CDs Casa (Kab/Universal Music), gravado na casa de Tom Jobim e Live in Tokyo (Warner Music Japan). No Japão também participa do show Get’s bossa-nova, que também contava com a participação de Roberto Menescal, Marcos Valle Bossacucanova, Moska, e Leny Andrade. Também realizou turnê com o trio Morelenbaum2/Sakamoto divulgando o CD Casa pelos Estados Unidos e Europa, trabalho aclamado pela crítica internacional.

 

Zuza Homem de Mello

Desde 1958 vem realizando palestras e cursos sobre MPB e jazz no Brasil e no exterior, tendo sido também jurado de alguns dos mais importantes festivais de música no Brasil. Nos anos 70 dirigiu a série de shows O Fino da Música, São Paulo, que apresentou nomes como Elis Regina, Elizeth Cardoso, João Bosco, Ivan Lins e Alcione. Nos anos 80, dirige os Festivais de Verão do Guarujá, reunindo Jackson do Pandeiro, Patativa do Assaré, Luiz Gonzaga, Jorge Ben, Raul Seixas, Djavan, Beto Guedes e Alceu Valença. Mais tarde, produz a turnê de Milton Nascimento ao Japão (1988); dirige Milton e Gilberto Gil na série de concertos Basf Chrome Music (1989); nos anos 90 assume a direção geral do Festival Carrefour, que revela nomes como Chico César, Lenine, Sérgio Santos e Zélia Duncan; dirige para o SESC diversos shows, a série Ouvindo Estrelas, os 10 espetáculos Aberto para Balanço comemorativos dos 50 anos da entidade e o concerto de 100 anos de George Gershwin. Na televisão, apresentou a série Jazz Brasil pela TV Cultura. Produziu discos de Jacob do Bandolim, Orlando Silva, Fafá Lemos e Carolina Cardoso de Meneses e Elis Regina. Publicou os livros Música Popular Brasileira cantada e contada (1976), A Canção no Tempo (em coautoria com Jairo Severiano, 1997-98), João Gilberto (2001), A Era dos Festivais (2003) e Música com Z (2014), entre outros.

 

Júlio Medaglia

O maestro tem regido, no Brasil e em diversos países do mundo, além de atuar em diversos projetos culturais. É constantemente convidado para ministrar palestras em todo o Brasil, além de ser ensaísta e colaborador dos mais importantes órgãos de imprensa nacionais. Tem livros publicados como tradutor e autor (Música Impopular, já na segunda edição, Música, Maestro!, 2009). É membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Paulista de Letras, ocupando, nesta última, a cadeira nº 3, que pertenceu a Mário de Andrade. Tem composições, extraídas de suas trilhas sonoras para filmes, peças de teatro e TV, assim como arranjos seus, interpretados e gravados por membros da melhor orquestra do planeta, a Filarmônica de Berlim. Em 2005 estreou um novo e revolucionário programa na TV Cultura, Prelúdio, um “show de calouros” para jovens intérpretes de música clássica, revelando talentos da área.

 

Gil Jardim

Transitando entre a música erudita, a música instrumental e a MPB, produziu composições, arranjos e atuou  como maestro em turnês pelo Brasil e pelo mundo, em trabalhos com músicos como Milton Nascimento, Naná Vasconcelos, César Camargo Mariano, Ivan Lins, Leila Pinheiro, Egberto Gismonti, Gianluca Littera,  etc..  Como maestro dirigiu boa parte das grandes orquestras brasileiras: Orquestra Municipal de São Paulo, Orquestra de Câmara da OSESP, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Sinfônica do Teatro Claudio Santoro, Orquestra Sinfônica de Recife, Orquestra Sinfônica da Bahia, Banda Sinfônica do Estado de São Paulo e Jazz Sinfônica de São Paulo. No exterior dirigiu orquestras como a Brooklyn Academy of Music Symphony Orchestra (Nova Iorque), a Royal Philarmonic Concert Orchestra (Londres), a Camerata Mexicana (México), a Orquestra Regionalle del Lazio (Roma) e Orquestra de Camara Mayo ( Buenos Aires).

 

Fábio Caramuru – Curador, intérprete e apresentador

Como bolsista do governo francês, especializou-se com a pianista Magda Tagliaferro, em Paris, na década de 1980. Músico paulista de grande versatilidade, atua em diversos gêneros musicais como solista, camerista, arranjador e compositor. Aos 20 anos de idade, após vencer o Concurso Jovens Solistas da OSESP, executou com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, em primeira audição nacional, o Concerto para Piano e Instrumentos de Sopro, de Stravinsky. Ganhador do Grande Prêmio da Crítica-APCA em 1991, concluiu o mestrado na Escola de Comunicações e Artes da USP, onde defendeu dissertação sobre a obra de Tom Jobim. Tem sete CDs lançados, sendo dois autorais. Entre seus trabalhos recentes, destacam-se concertos como solista da OSESP, da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, da Orquestra Sinfônica da USP, da Orquestra Jazz Sinfônica, da Orquestra do Theatro São Pedro, da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e da Brussels Philharmonic, na Bélgica; suas apresentações de música brasileira nos Estados Unidos, Canadá e na Europa, e de jazz, no Zinc Jazz Club de Nova York e no Modds Jazz de Zurique, no Club Reserva de Gent, no Festival de Jazz de Havana; o lançamento do álbum duplo Piano – Tom Jobim por Fábio Caramuru (MCD); a realização do projeto Pocket Trilhas no Centro Cultural Banco do Brasil; sua parceria com o contrabaixista Pedro Baldanza resultou no CD de jazz autoral Bossa in the Shadows (Labor Records), tão elogiado pela crítica nacional e internacional quanto sua interpretação da música de Tom Jobim. Ultimamente vem se dedicando ao projeto Brasil em Dois Pianos, com o pianista e arranjador Marco Bernardo, bem como ao projeto autoral EcoMúsica, baseado na interação entre música e sons da natureza brasileira em seus diversos ecossistemas.


Mais informações à imprensa
11 3824-4200 / www.editorweb.com.br

 

 

[/][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

Pianista Fábio Caramuru se apresenta em Alphaville

Sábado, 30 de novembro de 2013, às 18h
LOCAL: Espaço de eventos da Saraiva do Shopping Iguatemi Alphaville

FABIO CARAMURU: Pianista paulista, mestre pela ECA- USP. Foi aluno de Magda Tagliaferro, em Paris. Ganhou inúmeros prêmios no Brasil, destacando-se o APCA em 1991. Apresenta-se regularmente no Brasil, Estados Unidos e Europa, em recitais solo e com orquestra. Em 2007, participou de diversos eventos comemorativos aos 80 Anos do nascimento de Tom Jobim, tendo sido solista da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo – OSUSP, na Sala São Paulo. Em 2011, foi solista com a Brussels Philharmonic, tocando a “Fantasia para dois pianos sobre temas de Tom Jobim.

Programa: Obras de Villa-Lobos, Francis Hime, Baden Powell e Tom Jobim

Fábio Caramuru e sua mãe, Neide Bello Caramuru

Uma criança, cerca de dois anos e meio… Minhas lembranças mais remotas: meu pai tocando Meditação, de Tom Jobim, e Chove lá fora, de Tito Madi, em um piano recém chegado ao apartamento onde morávamos, no Jardim Paulista. Nessa época, minha mãe me ensinou as primeiras notas musicais, que eu repetia ao piano apenas com o dedo indicador da mão direita. Recordo-me também de me iniciar na percussão, batendo com uma faca na tampa daquele grande piano amarelado que, por minha causa, ficou marcado para sempre…

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

Fábo Caramuru e sua mãe, Neide Bello Caramuru

Fábio Caramru na infância e sua mãe, Neide Bello Caramuru

Minha formação foi bastante tradicional. Após iniciar a vida musical com meus pais, fui encaminhado para minha primeira professora, uma russa excepcionalmente musical, Lidia Jefremov. Depois, com Zulmira Elias José, na Escola Magda Tagliaferro, obtive o diploma de piano. Com essas duas professoras estudei todo o repertório tradicional, indo de Bach a Stravinsky. Em seguida, ganhei uma bolsa do governo francês e tive a oportunidade de me aperfeiçoar com Magda Tagliaferro, em Paris, na década de 1980. Com a grande mestra do piano, aprimorei a sensibilidade musical, fazendo sobretudo obras do repertório francês do século XX. De tudo o que vivi e aprendi naquela época, o que ficou de mais agradável e marcante foi o gosto da busca contínua pela melhor sonoridade, sempre.

[/][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

Fábio Caramuru em concerto

Antes de ir para a França, já havia me formado em arquitetura, uma vez que decidi contar com uma segunda alternativa, caso não pudesse viver somente da música. Quando voltei ao Brasil, com 24 anos, casado e com maiores responsabilidades, resolvi trabalhar como arquiteto. Vinha há algum tempo sentindo um certo desconforto na minha relação com a música. O prazer de tocar estava diminuindo a cada dia e, na ocasião, não consegui descobrir as causas de meu descontentamento. Posteriormente, notei que não via sentido algum em reproduzir o mesmo repertório executado por milhares de pianistas no mundo inteiro. A minha percepção, na época, era de que aquilo tudo havia se tornado uma grande inutilidade. Não queria ser simplesmente mais um… Essa situação culminou com um afastamento temporário do piano. Na época, parecia ser uma decisão definitiva e, assim, passei a me dedicar a outras atividades, primeiramente à arquitetura, e, posteriormente, à realização de eventos culturais. É importante mencionar que, quando criança, estudei em uma escola bastante tradicional, onde também estudei piano sob o signo do rigor, sempre ouvindo “isso pode, aquilo não pode…” etc. Mais tarde, descobri que meu descontentamento com a música estava relacionado a esse tipo de educação. O Brasil é um país muito peculiar: miscigenado, tropical, diversificado, cheio de ritmos, mas ainda continuamos querendo imitar ad nauseam o purista modelo europeu. Consequentemente ficamos, na maior parte das vezes, feito papagaios, repetindo e ouvindo os mesmos “Beethovens, Mozarts e Schuberts”, como artistas e plateias do dito “primeiro mundo”, em vez de enxergarmos, aceitarmos e explorarmos o enorme potencial de nossa música. Podemos ser muito mais interessantes e creio cada vez mais que o termo erudito, no sentido estrito da palavra, não se aplica à nossa realidade, tanto que a música erudita brasileira está repleta de elementos característicos de nossa cultura popular. Porém, a música erudita nacional dificilmente é compreendida e bem interpretada: Se um pianista toca uma obra de um compositor erudito brasileiro, sem verdadeiramente penetrar na alma popular de nosso país, corre o risco de fazer uma interpretação linear e desinteressante. Isso é muito comum e ocorre com grande parte dos músicos de concerto. Penso que um dos segredos de uma boa interpretação da música brasileira está em interpretar a partitura de maneira mais livre, produzindo, assim, uma sonoridade mais adequada e flexível. Quando toco Jobim, Villa-Lobos ou qualquer outro compositor nativo, procuro sempre estar atento a essa questão, sempre com um olhar na fonte popular, buscando formas de traduzir as notas escritas com propriedade, transformando-as em sons generosamente brasileiros.

[/][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

Fábio Caramuru em Brasília

Fábio Caramuru em Brasília, por Christoph Diewald

Retomada

O distanciamento do piano durou alguns anos, até perceber que o problema não estava exatamente no instrumento e sim na maneira como eu me relacionava com o mesmo: minha prática era pautada no rigor excessivo, imposto pelas normas inflexíveis da música erudita. Na verdade, a música me fazia muita falta e nunca me afastei totalmente dela. Continuava tocando sem compromisso, em casa, intimamente, entre quatro paredes. Aos poucos, resgatei o prazer verdadeiro na música, o mesmo prazer lúdico de minha infância. É interessante lembrar que isso aconteceu graças à música brasileira, por meio da qual voltei ao piano por um outro viés, que não o do rigor. Pesquisei diversos álbuns de choros, valsas brasileiras, sambas, maxixes. Brinquei com as músicas dos mestres Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Inah Sandoval. Voltei a tocar os eruditos, tais como Camargo Guarnieri, Francisco Mignone, Villa-Lobos, Cláudio Santoro e, por fim, cheguei ao Tom Jobim.

Humildemente posso dizer que as mãos do grande mestre carioca me devolveram definitivamente ao meu verdadeiro rumo: o de músico profissional. Mergulhando na música de Jobim houve plena e imediata identificação com sua poética, com sua estética simples e econômica. Tudo isso não foi à toa, pois os grandes modelos de Tom Jobim também haviam me inspirado durante toda a vida: um rico mix das sonoridades e harmonias dos franceses Ravel, Satie e Debussy com os ritmos e sonoridades dos brasileiros Villa-Lobos e Radamés Gnattali. Foi assim que recuperei meu entusiasmo musical e pude trilhar boa parte das canções jobinianas, explorando o potencial pianístico contido em cada uma delas. Desde então venho estudando a música de Jobim e aprendendo mais e mais com a arte desse ser iluminado, que sintetiza como ninguém, com elegância e simplicidade, o imaginário musical brasileiro.

A partir de 2003, com performances de improvisação livre, passei a conquistar também maior flexibilidade como intérprete e criador musical, libertando-me para além das amarras do rigor das partituras.
Hoje, posso dizer que me sinto cada vez melhor diante do piano, continuando na eterna busca pelo aprimoramento da minha linguagem, que, no meu caso, é consequência de uma história pessoal nada linear. Toco aquilo que sou: do erudito ao popular, do brasileiro ao tradicional, e considero-me sobretudo um inventor. Não me vejo como um pianista essencialmente técnico, mas sim como um inquieto “buscador” de sonoridades. Acredito que fazer música seja, antes de tudo, emocionar-se e emocionar, e é assim que procuro viver sempre o momento presente de cada performance: intensamente.

(Texto publicado no anuário da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, na edição de setembro de 2012)[/][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

CAFÉ CULTURAL – A música de Tom Jobim por Fábio Caramuru
27 de outubro de 2012, 11h

Programa:

Villa-Lobos
Bachianas Brasileiras nº 4
Prelúdio
Coral
Ária
Dança

Francis Hime

Passaredo

Baden Powell
Consolação

Fábio Caramuru
Moods

Tom Jobim

Dindi
A Correnteza
Two kites
Flor do mato
Amparo
Chovendo na roseira
Choro
Quebra-pedra

Local: Auditório da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP)
Capacidade: 240 pessoas
Endereço: Av. Dr. Cardoso de Melo, 1450 – 1o. andar – cep: 04548-005 – São Paulo – SP
Informações e Inscrições: (11) 2125-3700 ou www.sbpsp.org.br
Valor dos ingressos: R$ 20,00 ( profissionais ) e R$ 15,00 ( estudantes, membros da SBPSP e profissionais da rede pública)

 

Sobre a Sociedade Brasileira de Psicanálise (SBPSP)

A Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo existe desde 24 de novembro de 1927, tendo sido a primeira sociedade psicanalítica da América Latina.  Foi a primeira sociedade brasileira a ser reconhecida pela Associação Psicanalítica Internacional da qual é membro componente, assim como é da Federação Psicanalítica da América Latina e da Federação Brasileira de Psicanálise.

Composta atualmente por 453 membros efetivos e associados da SBPSP e 307 membros filiados ao Instituto Durval Marcondes, a Sociedade de São Paulo busca manter o pluralismo psicanalítico teórico-clínico, a interação de psicanalistas com orientações diversas e também estimular férteis diálogos com outras áreas do conhecimento e da cultura. Mantém um notável fluxo científico e permanente de publicações, como o Jornal de Psicanálise e a Revista ide.

 

O reconhecimento

A SBPSP tem sido reconhecida por sua destacada participação na evolução da Psicanálise latino-americana e internacional, a partir do trabalho pioneiro de Durval Marcondes e Adelheid Koch e da contínua atividade de seus seguidores, até os dias de hoje. Não só ajudou o desenvolvimento de outras sociedades, como passou a ser um criativo pólo irradiador de idéias e de novos centros analíticos. Progressivamente, vários de seus membros tem tido uma importante participação no cenário nacional e internacional da Psicanálise e na vida associativa da ABP, da FEPAL e da IPA.

A IPA, fundada por Freud em março de 1910, durante o Congresso de Nuremberg, tem como objetivo garantir a vigência e o desenvolvimento permanente da Psicanálise como ciência, como tratamento e como profissão. Agrega psicanalistas de 33 países tendo por primeira vez como presidente um brasileiro, empossado em 2005 no Rio de Janeiro, no primeiro Congresso Internacional de Psicanálise realizado no Brasil. O atual presidente é canadense.

A FEBRAPSI – Federação Brasileira de Psicanálise fundada em 6 de maio de 1967 é composta pelas Sociedades, Grupos de Estudos e Núcleos que integram a psicanálise brasileira filiada a IPA, tem como função congregar as organizações componentes promovendo, integrando, difundindo e refletindo a Psicanálise que existe e que é praticada no Brasil. Mantém atividades científicas, administrativas, de relações exteriores, de publicações e de divulgação. Promove em anos alternados o Congresso Brasileiro de Psicanálise e publica a Revista Brasileira de Psicanálise. Patrocina e promove eventos, simpósios e intercâmbio científico em vários estados brasileiros.

 

Logo do facebook

Música ao vivo nas redes sociais



Três gravações de Fábio Caramuru irão ao ar:
Flanando, AfroSamba e Coral das Bachianas de Villa-Lobos (versão do Duo Caramuru-Baldanza)

Fábio Caramuru toca no ACM in Concert

O pianista Fábio Caramuru se apresenta no projeto ACM in Concert.

No programa, obras de Tom Jobim, Villa-Lobos, Francis Hime, Baden Powell e do próprio Fábio Caramuru.

Grátis
27 de maio de 2012 | 16h
ACM | Consolação
Rua Nestor Pestana, 147 | São Paulo | SP
Informações por telefone | 11 3138 3000

Memorial da América Latina, Magda Tagliaferro, Fábio Caramuru

A partir do mês de maio, a Fundação Magda Tagliaferro inaugura seu novo espaço musical na Sala dos Espelhos do Memorial da América Latina. O acordo firmado com a Fundação Memorial da América Latina prevê, além da realização de uma série de eventos, a cessão de um espaço para exposição permanente de parte do acervo da Fundação Magda Tagliaferro.
Para a abertura do espaço, que acontece no domingo, dia 27 de maio, das 16 às 20 horas, com entrada franca, será realizada uma Maratona Musical em homenagem à Magda Tagliaferro, para a qual foram convidados inúmeros ex-alunos e alguns herdeiros diretos da arte pianística de Magda Tagliaferro (1893-1986). Músicos como Flavio Varani, Gilberto Tinetti,
Fábio Caramuru, Eduardo Monteiro, Ronaldo Rolim, Eudóxia de Barros, Lucas Thomazinho, Marco Bernardo, Lilu Aguiar, Flávio Androni, Antonio Carlos Vinha, Sônia Muniz, Eliana Caldas, Aída Machado, Valdelice de Carvalho, Fernando Tomimura, Ilza Antunes, entre outros, se apresentarão ininterruptamente, tocando um repertório bastante variado, rendendo homenagem àquela que foi uma das maiores pianistas brasileiras de todos os tempos.
Maratona Musical em homenagem à Magda Tagliaferro
Sala dos Espelhos – Memorial da América Latina
Capacidade: 100 lugares
Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664
Informações: Fundação Magda Tagliaferro – fund.tagliaferro@uol.com.br

Matéria publicada na Folha de S. Paulo:

Folha de S. Paulo 26 de maio de 2012
Maratona inaugura espaço Tagliaferro

Fundação criada pela professora fluminense para formar músicos ganha novo lar no Memorial da América Latina

Lista de apresentações inclui a do jovem Lucas Thomazinho e as dos já consagrados Eduardo Monteiro e Flávio Varani
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Vai ter do adolescente Lucas Thomazinho ao octogenário Gilberto Tinetti, passando pelos consagrados Eduardo Monteiro e Flávio Varani e por Amilton Godoy, do Zimbo Trio, entre outros.

Com entrada franca, uma maratona pianística de quatro horas de duração inaugura, amanhã, o espaço da Fundação Magda Tagliaferro, no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Até o fechamento desta edição, o pianista Fábio Caramuru, diretor artístico dos projetos da fundação, e que amanhã toca obras de Villa-Lobos, Piazzolla e Tom Jobim, ainda não tinha a lista completa de músicos fechada: “a cada hora liga mais um querendo participar”, festeja.

Fluminense, Tagliaferro (1893-1986) não apenas foi uma das maiores pianistas brasileiras do século 20, como desenvolveu importantes atividades pedagógicas em Paris, Rio e São Paulo.

Criou em 1940 a Escola Magda Tagliaferro e, em 1969, a fundação que leva o seu nome, responsável pela formação de vários artistas brasileiros do teclado durante as últimas décadas.

Depois de anos alojada em uma casa no bairro do Campo Belo, a fundação agora vai ocupar um espaço no Salão dos Espelhos do Memorial.

“Nossa ideia é deixar disponível boa parte do acervo de Tagliaferro para a consulta do público em displays, com fotos, partituras, cartazes, programas de concertos etc.”, conta Fábio Caramuru, último aluno brasileiro de Tagliaferro em Paris.

Para o segundo semestre, a ideia é ocupar o espaço com uma série de concertos aos finais de semana.

“Entramos com um projeto no Proac (Programa de Ação Cultural, da Secretaria de Estado da Cultura) para fazer apresentações aos sábados e domingos, a partir de agosto, e que não vão contemplar exclusivamente o piano”, resume Caramuru.

MARATONA MUSICAL MAGDA TAGLIAFERRO
QUANDO amanhã, a partir das 16h
ONDE Memorial da América Latina (av. Auro Soares de Moura Andrade, 664; tel: 0/xx/11/3823-4600)
QUANTO grátis

Fábio Caramuru em São Carlos, EcoMúsica

Em breve, Fábio Caramuru estará à frente do projeto EcoMúsica, uma iniciativa artística criativa e pioneira que apoiará a cultura brasileira, atrelando cultura ao conceito de desenvolvimento sustentável.

O projeto conta com a chancela oficial do Ministério do Meio Ambiente.

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

Fábio Caramuru se apresenta em Brasília

27 de abril às 20 h | Sextas Musicais na Casa Thomas Jefferson
No programa, Villa-Lobos, Francis Hime, Baden Powell, Fábio Caramuru e Tom Jobim
E
ntrada franca

Villa-Lobos
Bachianas Brasileiras 4
Prelúdio
Coral
Ária
Dança
Francis Hime
Passaredo
Baden Powell / Consolação
Fábio Caramuru / Moods
Tom Jobim
Dindi
A Correnteza
Two kites
Flor do mato
Amparo
Chovendo na roseira
Choro
Quebra-pedra[/][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

Compositor Heitor Villa-Lobos ao piano

Fábio Caramuru (piano) e Pedro Baldanza (contrabaixo elétrico)

 

 

 

 

 

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

      Bachiana-Brasileira-n-4-Coral-Duo-Caramuru-Baldanza

Faixa inédita, gravada em 11 de julho de 2011.

[/][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]