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Fábio Caramuru e sua mãe, Neide Bello Caramuru

Uma criança, cerca de dois anos e meio… Minhas lembranças mais remotas: meu pai tocando Meditação, de Tom Jobim, e Chove lá fora, de Tito Madi, em um piano recém chegado ao apartamento onde morávamos, no Jardim Paulista. Nessa época, minha mãe me ensinou as primeiras notas musicais, que eu repetia ao piano apenas com o dedo indicador da mão direita. Recordo-me também de me iniciar na percussão, batendo com uma faca na tampa daquele grande piano amarelado que, por minha causa, ficou marcado para sempre…

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Fábo Caramuru e sua mãe, Neide Bello Caramuru

Fábio Caramru na infância e sua mãe, Neide Bello Caramuru

Minha formação foi bastante tradicional. Após iniciar a vida musical com meus pais, fui encaminhado para minha primeira professora, uma russa excepcionalmente musical, Lidia Jefremov. Depois, com Zulmira Elias José, na Escola Magda Tagliaferro, obtive o diploma de piano. Com essas duas professoras estudei todo o repertório tradicional, indo de Bach a Stravinsky. Em seguida, ganhei uma bolsa do governo francês e tive a oportunidade de me aperfeiçoar com Magda Tagliaferro, em Paris, na década de 1980. Com a grande mestra do piano, aprimorei a sensibilidade musical, fazendo sobretudo obras do repertório francês do século XX. De tudo o que vivi e aprendi naquela época, o que ficou de mais agradável e marcante foi o gosto da busca contínua pela melhor sonoridade, sempre.

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Fábio Caramuru em concerto

Antes de ir para a França, já havia me formado em arquitetura, uma vez que decidi contar com uma segunda alternativa, caso não pudesse viver somente da música. Quando voltei ao Brasil, com 24 anos, casado e com maiores responsabilidades, resolvi trabalhar como arquiteto. Vinha há algum tempo sentindo um certo desconforto na minha relação com a música. O prazer de tocar estava diminuindo a cada dia e, na ocasião, não consegui descobrir as causas de meu descontentamento. Posteriormente, notei que não via sentido algum em reproduzir o mesmo repertório executado por milhares de pianistas no mundo inteiro. A minha percepção, na época, era de que aquilo tudo havia se tornado uma grande inutilidade. Não queria ser simplesmente mais um… Essa situação culminou com um afastamento temporário do piano. Na época, parecia ser uma decisão definitiva e, assim, passei a me dedicar a outras atividades, primeiramente à arquitetura, e, posteriormente, à realização de eventos culturais. É importante mencionar que, quando criança, estudei em uma escola bastante tradicional, onde também estudei piano sob o signo do rigor, sempre ouvindo “isso pode, aquilo não pode…” etc. Mais tarde, descobri que meu descontentamento com a música estava relacionado a esse tipo de educação. O Brasil é um país muito peculiar: miscigenado, tropical, diversificado, cheio de ritmos, mas ainda continuamos querendo imitar ad nauseam o purista modelo europeu. Consequentemente ficamos, na maior parte das vezes, feito papagaios, repetindo e ouvindo os mesmos “Beethovens, Mozarts e Schuberts”, como artistas e plateias do dito “primeiro mundo”, em vez de enxergarmos, aceitarmos e explorarmos o enorme potencial de nossa música. Podemos ser muito mais interessantes e creio cada vez mais que o termo erudito, no sentido estrito da palavra, não se aplica à nossa realidade, tanto que a música erudita brasileira está repleta de elementos característicos de nossa cultura popular. Porém, a música erudita nacional dificilmente é compreendida e bem interpretada: Se um pianista toca uma obra de um compositor erudito brasileiro, sem verdadeiramente penetrar na alma popular de nosso país, corre o risco de fazer uma interpretação linear e desinteressante. Isso é muito comum e ocorre com grande parte dos músicos de concerto. Penso que um dos segredos de uma boa interpretação da música brasileira está em interpretar a partitura de maneira mais livre, produzindo, assim, uma sonoridade mais adequada e flexível. Quando toco Jobim, Villa-Lobos ou qualquer outro compositor nativo, procuro sempre estar atento a essa questão, sempre com um olhar na fonte popular, buscando formas de traduzir as notas escritas com propriedade, transformando-as em sons generosamente brasileiros.

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Fábio Caramuru em Brasília

Fábio Caramuru em Brasília, por Christoph Diewald

Retomada

O distanciamento do piano durou alguns anos, até perceber que o problema não estava exatamente no instrumento e sim na maneira como eu me relacionava com o mesmo: minha prática era pautada no rigor excessivo, imposto pelas normas inflexíveis da música erudita. Na verdade, a música me fazia muita falta e nunca me afastei totalmente dela. Continuava tocando sem compromisso, em casa, intimamente, entre quatro paredes. Aos poucos, resgatei o prazer verdadeiro na música, o mesmo prazer lúdico de minha infância. É interessante lembrar que isso aconteceu graças à música brasileira, por meio da qual voltei ao piano por um outro viés, que não o do rigor. Pesquisei diversos álbuns de choros, valsas brasileiras, sambas, maxixes. Brinquei com as músicas dos mestres Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Inah Sandoval. Voltei a tocar os eruditos, tais como Camargo Guarnieri, Francisco Mignone, Villa-Lobos, Cláudio Santoro e, por fim, cheguei ao Tom Jobim.

Humildemente posso dizer que as mãos do grande mestre carioca me devolveram definitivamente ao meu verdadeiro rumo: o de músico profissional. Mergulhando na música de Jobim houve plena e imediata identificação com sua poética, com sua estética simples e econômica. Tudo isso não foi à toa, pois os grandes modelos de Tom Jobim também haviam me inspirado durante toda a vida: um rico mix das sonoridades e harmonias dos franceses Ravel, Satie e Debussy com os ritmos e sonoridades dos brasileiros Villa-Lobos e Radamés Gnattali. Foi assim que recuperei meu entusiasmo musical e pude trilhar boa parte das canções jobinianas, explorando o potencial pianístico contido em cada uma delas. Desde então venho estudando a música de Jobim e aprendendo mais e mais com a arte desse ser iluminado, que sintetiza como ninguém, com elegância e simplicidade, o imaginário musical brasileiro.

A partir de 2003, com performances de improvisação livre, passei a conquistar também maior flexibilidade como intérprete e criador musical, libertando-me para além das amarras do rigor das partituras.
Hoje, posso dizer que me sinto cada vez melhor diante do piano, continuando na eterna busca pelo aprimoramento da minha linguagem, que, no meu caso, é consequência de uma história pessoal nada linear. Toco aquilo que sou: do erudito ao popular, do brasileiro ao tradicional, e considero-me sobretudo um inventor. Não me vejo como um pianista essencialmente técnico, mas sim como um inquieto “buscador” de sonoridades. Acredito que fazer música seja, antes de tudo, emocionar-se e emocionar, e é assim que procuro viver sempre o momento presente de cada performance: intensamente.

(Texto publicado no anuário da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, na edição de setembro de 2012)[/][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

Fábio Caramuru toca no ACM in Concert

O pianista Fábio Caramuru se apresenta no projeto ACM in Concert.

No programa, obras de Tom Jobim, Villa-Lobos, Francis Hime, Baden Powell e do próprio Fábio Caramuru.

Grátis
27 de maio de 2012 | 16h
ACM | Consolação
Rua Nestor Pestana, 147 | São Paulo | SP
Informações por telefone | 11 3138 3000

Memorial da América Latina, Magda Tagliaferro, Fábio Caramuru

A partir do mês de maio, a Fundação Magda Tagliaferro inaugura seu novo espaço musical na Sala dos Espelhos do Memorial da América Latina. O acordo firmado com a Fundação Memorial da América Latina prevê, além da realização de uma série de eventos, a cessão de um espaço para exposição permanente de parte do acervo da Fundação Magda Tagliaferro.
Para a abertura do espaço, que acontece no domingo, dia 27 de maio, das 16 às 20 horas, com entrada franca, será realizada uma Maratona Musical em homenagem à Magda Tagliaferro, para a qual foram convidados inúmeros ex-alunos e alguns herdeiros diretos da arte pianística de Magda Tagliaferro (1893-1986). Músicos como Flavio Varani, Gilberto Tinetti,
Fábio Caramuru, Eduardo Monteiro, Ronaldo Rolim, Eudóxia de Barros, Lucas Thomazinho, Marco Bernardo, Lilu Aguiar, Flávio Androni, Antonio Carlos Vinha, Sônia Muniz, Eliana Caldas, Aída Machado, Valdelice de Carvalho, Fernando Tomimura, Ilza Antunes, entre outros, se apresentarão ininterruptamente, tocando um repertório bastante variado, rendendo homenagem àquela que foi uma das maiores pianistas brasileiras de todos os tempos.
Maratona Musical em homenagem à Magda Tagliaferro
Sala dos Espelhos – Memorial da América Latina
Capacidade: 100 lugares
Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664
Informações: Fundação Magda Tagliaferro – fund.tagliaferro@uol.com.br

Matéria publicada na Folha de S. Paulo:

Folha de S. Paulo 26 de maio de 2012
Maratona inaugura espaço Tagliaferro

Fundação criada pela professora fluminense para formar músicos ganha novo lar no Memorial da América Latina

Lista de apresentações inclui a do jovem Lucas Thomazinho e as dos já consagrados Eduardo Monteiro e Flávio Varani
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Vai ter do adolescente Lucas Thomazinho ao octogenário Gilberto Tinetti, passando pelos consagrados Eduardo Monteiro e Flávio Varani e por Amilton Godoy, do Zimbo Trio, entre outros.

Com entrada franca, uma maratona pianística de quatro horas de duração inaugura, amanhã, o espaço da Fundação Magda Tagliaferro, no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Até o fechamento desta edição, o pianista Fábio Caramuru, diretor artístico dos projetos da fundação, e que amanhã toca obras de Villa-Lobos, Piazzolla e Tom Jobim, ainda não tinha a lista completa de músicos fechada: “a cada hora liga mais um querendo participar”, festeja.

Fluminense, Tagliaferro (1893-1986) não apenas foi uma das maiores pianistas brasileiras do século 20, como desenvolveu importantes atividades pedagógicas em Paris, Rio e São Paulo.

Criou em 1940 a Escola Magda Tagliaferro e, em 1969, a fundação que leva o seu nome, responsável pela formação de vários artistas brasileiros do teclado durante as últimas décadas.

Depois de anos alojada em uma casa no bairro do Campo Belo, a fundação agora vai ocupar um espaço no Salão dos Espelhos do Memorial.

“Nossa ideia é deixar disponível boa parte do acervo de Tagliaferro para a consulta do público em displays, com fotos, partituras, cartazes, programas de concertos etc.”, conta Fábio Caramuru, último aluno brasileiro de Tagliaferro em Paris.

Para o segundo semestre, a ideia é ocupar o espaço com uma série de concertos aos finais de semana.

“Entramos com um projeto no Proac (Programa de Ação Cultural, da Secretaria de Estado da Cultura) para fazer apresentações aos sábados e domingos, a partir de agosto, e que não vão contemplar exclusivamente o piano”, resume Caramuru.

MARATONA MUSICAL MAGDA TAGLIAFERRO
QUANDO amanhã, a partir das 16h
ONDE Memorial da América Latina (av. Auro Soares de Moura Andrade, 664; tel: 0/xx/11/3823-4600)
QUANTO grátis

Fábio Caramuru em São Carlos, EcoMúsica

Em breve, Fábio Caramuru estará à frente do projeto EcoMúsica, uma iniciativa artística criativa e pioneira que apoiará a cultura brasileira, atrelando cultura ao conceito de desenvolvimento sustentável.

O projeto conta com a chancela oficial do Ministério do Meio Ambiente.

O Programa Trilhando Clássicos dessa segunda-feira receberá o pianista Fábio Caramuru para uma entrevista ao vivo. Músico de renome e carreira internacional, vencedor de diversos prêmios, Fábio foi o último aluno de Magda Tagliaferro em Paris e vem ao programa contar um pouco sobre sua carreira e obra. Não percam!

Direção artística de Fábio Caramuru

Apresentações – gratuitas – acontecem na Caixa Cultural

Entre os dias 16 e 20 de novembro, em São Paulo, nove pianistas brasileiros apresentam-se na Caixa Cultural para lembrar Magda Tagliaferro, um dos nomes mais importantes da história da música clássica do século XX, falecida há 25 anos (1893-1986). Com direção artística de Fábio Caramuru, a série Concertos Magda Tagliaferro terá, além dos recitais, uma mesa redonda sobre a trajetória da artista. Todos os eventos terão entrada franca. A realização é da Echo Promoções Artísticas.

Dos nove convidados, seis são ex-alunos da pianista: além do próprio Caramuru – último brasileiro a estudar com Magda Tagliaferro como bolsista em Paris –, também estarão no palco Flavio Varani, Gilberto Tinetti, Eva Gomyde, Analaura de Souza Pinto e Eudóxia de Barros.

Além deles, a programação traz ainda três pianistas de expressiva representatividade na cena musical atual e que, cada um a seu estilo, dá continuidade ao legado da homenageada. São eles: Ronaldo Rolim, Karin Fernandes e Marco Antonio Bernardo.

“Essa série de concertos é uma forma de retribuir à Magda Tagliaferro tudo o que ela nos proporcionou. Para mim, particularmente, por ter sido seu último aluno bolsista na França, prestar essa homenagem é algo mais do que especial”, afirma Fábio Caramuru, que deu aos artistas autonomia para escolherem os programas dos recitais. Ele também conseguiu vídeos inéditos de apresentações de Magda Tagliaferro em solo francês – que serão exibidos durante o mês de novembro no hall da Caixa Cultural.

CONCERTOS MAGDA TAGLIAFERRO

De 16 a 20 de novembro
Local: Caixa Cultural – Praça da Sé, 111 – São Paulo
Capacidade: 100 lugares

Mais informações: (11) 3221-4400 ou
Site da Caixa Cultural

ENTRADA FRANCA
Livre para todos os públicos
Ingressos distribuídos com 1 hora de antecedência.

Programação

O jovem pianista Ronaldo Rolim abre o ciclo no dia 16 de novembro, às 18h, com obras de Isaac Albéniz e Franz Liszt. Rolim, ex-bolsista da Fundação Magda Tagliaferro, foi aluno de Flavio Varani (que o lançou nos EUA), que também se apresenta no mesmo dia, às 19h30, com um recital dedicado à Frédéric Chopin.

Já no dia 17 de novembro, Eva Gomyde combina peças de sua autoria a de compositores como Noel Rosa e Egberto Gismonti, às 18h. Em seguida, às 19h30, é a vez de Marco Antonio Bernardo apresentar o programa “Choros Famosos”, lembrando Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Donga, Sinhô e Pixinguinha, entre outros.

O terceiro dia de programação, 18 de novembro, terá Karin Fernandes e Eudóxia de Barros, às 18h e 19h30, respectivamente. Karin vai dedicar seu programa aos compositores Claudio Santoro e Edmundo Villani-Cortês. Eudóxia, por sua vez, interpretará sete obras do compositor húngaro Franz Liszt.

Mozart, Schumann, Debussy, Villa-Lobos e Stravinsky são as escolhas de Analaura de Souza Pinto, que abre os recitais de 19 de novembro, às 18h, lembrando composições inspiradas em temas infantis. Às 19h30, Fábio Caramuru interpreta obras de Villa-Lobos, Tom Jobim, Francis Hime e de sua autoria. Por fim, no dia 20 de novembro, às 17h, Gilberto Tinetti encerra a programação artística da série, com o recital “Vários Momentos da Sonata – Mozart, Beethoven e Ravel”.

No dia 20 de novembro, às 20h30, acontece a Mesa Redonda sobre Magda Tagliaferro, com participação de Gilberto Tinetti, Flavio Varani e Fábio Caramuru.

Pianistas Convidados

Ronaldo Rolim
Participante do documentário Magda Tagliaferro: O Mundo dentro de um Piano, de Norma Bengel, o jovem pianista é fruto da Fundação Magda Tagliaferro. Foi vencedor do Grande Concurso de Pianistas em 2005 e logo depois transferiu-se para os EUA, onde estudou na Oakland University. Vem se destacando como um importante nome da nova geração e realiza recitais solo pela Holanda, México e Estados Unidos.

Flavio Varani
Vencedor do Detroit Music Award como “instrumentista clássico do ano” e da Chopin International Competition, iniciou sua carreira aos oito anos, tocando ao lado da OSB, sob regência de Eleazar de Carvalho. Estudou com Magda Tagliaferro em Paris, como bolsista do governo francês e consagrou-se como concertista na França, Japão, Alemanha, EUA e Canadá. É professor residente na Universidade de Oakland (EUA).

Eva Gomyde
Nascida em família musical, estudou piano clássico na Escola Magda Tagliaferro e foi aluna de Amilton Godoy, Nelson Ayres e Osvaldo Lacerda. Pianista, arranjadora e compositora, desenvolve um trabalho de piano solo voltado à MPB. Em parceria com o pianista Carlos Roberto Oliveira, já lançou CD e DVD com temas brasileiros e influência de jazz. Também gravou o álbum “Plural”, com músicos da Banda Mantiqueira.

Marco Antonio Bernardo
Diretor de corais, arranjador, maestro preparador e pianista, transita entre os repertórios clássico e popular. Com dedicação especial ao choro (idealizou e apresentou o programa “Contando o Choro”, da Rádio Cultura AM), tem em sua discografia álbuns como “Homenagem a Canhotinho”, “Encores” (para piano solo) e a integral para piano da obra de Radamés Gnattali, entre outros títulos.

Karin Fernandes
Já recebeu mais de 20 prêmios, dentre eles o Prêmio Eldorado de Música. Integra o Trio Puelli e já foi solista ao lado da OSESP e da Sinfônica de Campinas, além de ter participado dos festivais Música Nova, Brasil Instrumental, Oxford Philomusica (Inglaterra) e da Cidade do Porto (Portugal). Ainda em 2011, lança dois álbuns: um com o Baqte Ensemble e outro solo, dedicado à obra Edson Zampronha.

Eudóxia de Barros
Suas interpretações, que vão de Chiquinha Gonzaga a Osvaldo Lacerda e de Bach a Chopin, já foram registradas em álbuns e DVDs, acumulando críticas elogiosas em sua extensa e uma série de prêmios. Paulistana, já se apresentou na França, Suiça, Inglaterra e EUA. Recebeu a Comenda do Mérito Anhanguera, mais alta condecoração do Governo do Estado de Goiás e o prêmio APCA de “melhor recitalista”.

Analaura de Souza Pinto
Pianista e membro fundador da Orquestra Sinfônica do Paraná, possui uma intensa atividade e longa experiência em música de câmara. Estudou na Escola Magda Tagliaferro e com Gilberto Tinetti na Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo. Atua há mais de 25 anos como solista sob regência de renomados maestros como Alceo Bocchino, Osvaldo Colarusso, Jamil Maluf e Andrea di Melle.

Fábio Caramuru
Último aluno brasileiro de Magda Tagliaferro em Paris, ganhou inúmeros prêmios, incluindo o APCA e, com 20 anos de idade, o Concurso Jovens Solistas da OSESP. Desenvolve, como solista, recitalista e arranjador, um trabalho musical versátil no repertório erudito, popular e autoral. Tem sete CDs lançados. Vem se apresentando pelo Brasil, EUA e Europa. Em dezembro de 2011, representará o Brasil como solista da Filarmônica de Bruxelas no Festival Europalia Brasil, na Bélgica.

Gilberto Tinetti
É considerado um dos melhores cameristas brasileiros. Sua carreira vem se desenvolvendo há mais de quatro décadas de intenso trabalho e dedicação. Desde que venceu o Concurso da Academia Internacional de Verão do Mozarteum de Salzburgo, na Áustria, vem se apresentando por toda Europa, América Latina e EUA. No Brasil, vem atuando com as mais importantes orquestras e realizando inúmeros recitais.

Patrocínio | Caixa Econômica Federal

Jovens Talentos da Fundação Magda Tagliaferro é o tradicional programa de bolsas de estudos, instituído em 2004 pela Fundação Magda Tagliaferro, criada em 1969 pela pianista franco-brasileira Magda Tagliferro. O programa oferece bolsas de estudos nas mais variadas modalidades musicais, proporcionando aos seus beneficiados uma formação musical abrangente que estimula o aprimoramento de seus talentos naturais. Os beneficiados têm a oportunidade de realizar uma série de apresentações públicas nos mais variados locais e são preparados para integrar o mercado de trabalho, no contexto de uma dinâmica de grande efeito multiplicador nos âmbitos cultural e social.

Pianista Magda Tagliaferro

Os resultados do projeto Jovens Talentos da Fundação Magda Tagliaferro se fazem sentir pelo desenvolvimento e interesse dos bolsistas em seu aprimoramento musical mediante aulas e master classes realizadas desde o início do projeto, em 2009.

Em 2010, o projeto foi ampliado com a parceria renovada pelo Banco Itaú BBA e da BD, que possibilitou a formação de novas classes e um maior numero de bolsas. Graças ao seu foco social, o projeto vem realizando um trabalho de grande alcance, educando e profissionalizando estudantes que almejam seguir carreira musical. As aulas particulares intensivas proporcionam aos bolsistas o aprimoramento necessário para um progresso maduro e eficiente.

Destaques do projeto

O projeto já consagrou internacionalmente dois pianistas:
Fábio Martino, vencedor de inúmeros concursos no Brasil, atualmente cursando mestrado na Escola Superior de Música de Karlsruhe, Alemanha. Ganhou o disputado primeiro prêmio do Concurso Internacional de Piano Guiomar Novaes – BNDES, realizado em outubro de 2010, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Ronaldo Rolim, após obter 15 grandes premiações no Brasil, reside há três anos nos Estados Unidos, onde completa seu mestrado na Peabody Conservatory, em Philadelphia, realizando importante carreira em território americano.

Graças ao projeto, o bolsista de piano e regência Flavio Lago participou com grande sucesso do Festival de Inverno de Londrina. Os bolsistas de contrabaixo, Rafael Figueiredo, Luiz Eduardo Ferreira e Alex Dias foram selecionados como bolsistas do Festival de Inverno de Campos do Jordão, bem como os bolsistas da classe de violão, Diogo Oliveira, Aulus Rodrigues e Andre Vicente de Souza.

O jovem pianista de 15 anos Lucas Thomazinho frequentou, com o apoio do projeto, as aulas de piano do Prof. Flavio Varani, no Festival de Música de Ourinhos. Apresentou- se também no Rio de janeiro em outubro de 2010 como vencedor do Concurso Música no Museu. Entre 60 concorrentes, foi um dos quatro classificados para a etapa final do Concurso Prelúdio 2010, da TV Cultura, tocando como solista da Orquestra Vera Cruz, em programas transmitidos pela emissora.

Os bolsistas do projeto, muitos deles oriundos de vários núcleos e orquestras jovens, como a Orquestra de Heliópolis, a Orquestra do Grupo Pão de Açúcar, a Orquestra do Teatro São Pedro, a Orquestra Vera Cruz, vêm buscar na Fundação Tagliaferro a excelência e a qualidade de um ensino único, a cargo dos mais renomados professores de música de São Paulo.

O excelente retorno do aproveitamento dos bolsistas levou os professores do projeto à ideia de formar uma Orquestra de Câmara, que funciona desde outubro, com o nome de Camerata Tagliaferro. Trata-se de uma excelente oportunidade para os jovens bolsistas desenvolverem a prática de orquestra, cumprindo assim uma das principais finalidades da iniciativa, que é qualificar profissionais competentes para preencher as inúmeras vagas existentes nas orquestras brasileiras.

É importante mencionar também que os bolsistas de violoncelo da classe de Julio Cerezo Ortiz – Boaz de Oliveira Silva e Samuel da Silva Oliveira – conquistaram vagas disputadíssimas na nova Orquestra de Ópera do Teatro São Pedro.

Os bolsistas realizam periodicamente apresentações públicas na Fundação Magda Tagliaferro, excelentes oportunidades para se fazer uma avaliação geral do aproveitamento e do progresso de cada aluno.

A Fundação Magda Tagliaferro constata uma expressiva repercussão do projeto no meio musical de São Paulo, obtendo inscrições também de outros estados, como Minas Gerais, Santa Catarina e Pernambuco. Entre os mais procurados, destacam-se o curso de violão, a cargo do grande mestre do Fabio Zanon, do pianista Flávio Varani e da violinista Betina Stegmann.
Aumentou-se também o numero de bolsas devido à grande procura e ao alto nível dos candidatos. Atualmente, o programa tem atendido cerca de 40 alunos.

Magda Tagliaferro - APCA

Em 2009, em parceria com a Fundação Magda Tagliaferro, Fábio Caramuru idealizou e coordenou o XI Concurso Nacional de piano Magda Tagliaferro, voltado para pianistas de até 25 anos.

Josias Matschulat - vencedor - Concurso Magda Tagliaferro

 O vencedor do Concurso foi o pianista Josias Matschulat.

Concurso Magda Tagliaferro - 2009
Concurso Magda Tagliaferro – 2009
Magda Tagliaferro - APCA

Em 2004, Fábio Caramuru dirigiu, em parceria com a Fundação Magda Tagliaferro, uma série de sete concertos no Espaço Promon, além de ter realizado um concurso de piano que teve como premiados, entre outros, os pianistas Fabio Martino e Ronaldo Rolim.

Participaram do projeto os músicos Miguel Proença, Caio Pagano, Flávio Varani, o duo formado por Heloisa e Amilcar Zani, o trio formado por Fany Solter, Nachum Erlich e Martin Ostertag (piano, violino e violoncelo), o duo formado por Fábio Caramuru e Magda Painno, o cravista Ilton Wjuniski e Eduardo Monteiro.

A série e o concurso contaram com patrocínio da Petrobrás.

Matéria Gazeta Mercantil - Temporada Magda Tagliaferro 2004 - Espaço Promon - Petrobrás

Pianista Magda Tagliaferro

Fábio Caramuru realiza Magda Fest em parceria com Fundação Magda Tagliaferro, novembro de 2003

Caramuru concebeu esse grande festival, com a participação de diversos artistas (com destaque para os pianistas Gilberto Gismonti, Eduardo Monteiro, Fabio Martino, Ronaldo Rolim e do próprio Fábio), que ocorreu no Espaço Promon e no Teatro do Colégio Santa Cruz. Com patrocínio dos Correios, foi lançado um CD com as gravações de todos os participantes.

Magda Fest 2003, Festival em homenagem aos 110 anos da pianista Magda Tagliaferro - Patrocínio Petrobrás

CD Magda Fest Arte 2 - 2003 - Magda Tagliaferro CD Magda Fest Arte 1 - 2003 - Magda Tagliaferro

CD Magda Fest 2003 - Fundação Magda Tagliaferro

Magda Fest - Fábio Caramuru e Magda Painno - Magda Tagliaferro - Patrocínio Correios