Posts

Echo Promoções Artísticas, empresa criada pelo pianista Fábio Caramuru,  realiza série de eventos celebrando seus 25 anos de existência.

A Echo Promoções Artísticas foi criada em 1988, pelo pianista Fábio Caramuru, atual diretor. A empresa se destaca no mercado pela idealização e realização de importantes projetos de natureza cultural, nos mais variados segmentos, no Brasil e no exterior. Atualmente, a Echo desenvolve projetos incentivados (Lei Rouanet e ProAC), eventos corporativos e iniciativas patrocinadas por empresas estatais.

Turnê com o violinista Andrey Baranov | Recitais em São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro | setembro de 2013

Nascido em Leningrado em janeiro de 1986, Andrey Baranov é um dos mais proeminentes jovens violinistas da cena internacional. Desde os 10 anos de idade apresenta-se em concertos por toda a Europa, tendo atuado como solista de orquestras como a Filarmônica de São Petersburgo e a Royal Philharmonic. Em 2009, formou-se com louvor no conservatório de Lausanne, onde é atualmente professor assistente de Pierre Amoyal. Depois de conquistar inúmeros outros prêmios, Baranov coroou sua brilhante carreira ao conquistar em Bruxelas, em maio de 2012, o cobiçadíssimo Primeiro Prêmio no Concurso Internacional Rainha Elisabeth, um dos mais importantes e prestigiosos do mundo. Venceu o Concurso batendo 76 competidores de todas as partes do mundo e embolsou 25 mil euros, ganhando ainda o direito de uso por três anos de um violino Stradivarius de 1708! Acompanhado pela talentosa e promissora pianista Maria Baranova, sua irmã mais nova, Andrey Baranov faz um programa com obras que há décadas desafiam e põem à prova todos os violinistas – Sonata Kreutzer de Beethoven, Sonata de Ravel e Introdução e Rondó Capriccioso de Saint-Saëns. A apresentação tem patrocínio da Tractebel Energia.

Premiado duo de irmãos Nascida em 1988, a pianista Maria Baranova começou a estudar piano com 5 anos de idade. Aos 10 passou a tocar em duo com o irmão Andrey. Hoje amplamente reconhecida como musicista de câmara, Baranova tem se apresentado em vários países da Europa – Rússia, Alemanha, Inglaterra, França, Mônaco e Suíça – integrando diferentes grupos de câmara e também como solista. Ao longo dos últimos anos ela vem conquistando vários prêmios. Em 2010, ao lado do irmão, obteve o 3º lugar no concurso internacional de Duos em Katrineholm, na Suécia. Maria Baranova formou-se no conservatório de São Petersburgo em 2007 e continuou seus estudos na mesma instituição, sob orientação de Igor Lebedev, até obter um segundo diploma em 2012. Desde 2010 estuda no Conservatório de Lausanne, na Suíça, tendo como professores Marc Pantillon e Christian Favre.

ANDREY BARANOV  violino

MARIA BARANOVA  piano

16 de setembro, 21 horas | Cultura Artística Itaim | São Paulo

17 de setembro, 20 horas | Espaço Tom Jobim | Jardim Botânico, Rio de Janeiro

18 de setembro, 20 horas | Caixa Cultural Curitiba

PROGRAMA

Olivier Messiaen (1908-1992)
Tema e Variações (1932)

Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Sonata para violino e piano nº 9 em lá maior op. 47 “Kreutzer”

Eugène Ysaye (1858-1931)
Sonata para violino solo nº 6 op. 27

Benjamin Britten (1913-1976)
Lullaby and Waltz, da Suíte op. 6 para violino e piano

Maurice Ravel  (1862-1918)
Sonata para violino e piano nº1

Camile Saint-Saëns (1835-1921)
Introdução e Rondo Capriccioso em lá menor op. 28

Realização | Echo Promoções Artísticas

Patrocínio | Tractebel

Lançamento do projeto EcoMúsica | Memorial da América Latina

Fábio Caramuru realiza o lançamento do Projeto EcoMúsica,  tocando arranjos originais no piano que pertenceu a Magda Tagliaferro.

O Projeto EcoMúsica consiste em uma série de filmes artísticos e apresentações temáticas norteadas pela interação entre música, sons e imagens da natureza brasileira. A iniciativa será desenvolvida em diversas etapas, ao longo dos próximos anos, apresentando-se como um projeto cultural fortemente atrelado aos ecossistemas brasileiros.

 

Os dois primeiros temas a serem realizados em 2013 serão o EcoMúsica Aves Brasileiras e o EcoMúsica Mata Atlântica.

Patrocínio | Sertrading

O projeto EcoMúsica, concebido e protagonizado pelo pianista Fábio Caramuru, consiste em uma série de filmes artísticos e apresentações temáticas norteadas pela interação entre música, sons e imagens da natureza brasileira. O projeto tem o apoio oficial do Ministério do Meio Ambiente e será desenvolvido em diversas etapas, ao longo dos próximos anos, apresentando-se como uma iniciativa cultural fortemente atrelada à revelação dos aspectos dos ecossistemas brasileiros. Os dois primeiros temas a serem realizados são EcoMúsica Natureza Brasileira (Ecossistemas) e EcoMúsica Mata Atlântica.

“Existe algo mais gratificante e recompensador para um artista do que reunir suas grandes paixões em um único projeto? Esse é meu estado de espírito ao estar completamente envolvido com o projeto de toda uma vida: o EcoMúsica. O projeto nasceu quando estive pela primeira vez na fazenda Sant’Anna de Monte Alegre, na cidade de São Carlos, coração do estado de São Paulo, convidado pelos proprietários da fazenda para fazer um concerto, juntamente com o contrabaixista Pedro Baldanza. A região é muito característica, pois ainda guarda fortes traços dos áureos tempos das fazendas de café. Com diversas edificações do século XIX, criteriosamente restauradas, a fazenda exibe um dos mais belos projetos de paisagismo que conheço, preservando árvores frondosas centenárias, pomares de jabuticabeiras, pitangueiras, mangueiras e outras tantas frutas, extensos e repousantes gramados, fontes, cursos d’água, instigantes paginações de pisos externos e, como se não bastasse, ainda abriga um posto de recuperação de aves silvestres, monitorado pelo IBAMA. Inúmeras espécies de aves, tais como araras, papagaios, tucanos, corujas, entre outras – após serem tratadas em viveiros – são devolvidas à natureza, mas, como o lugar é realmente paradisíaco, muitas delas continuam circulando pela região, surpreendendo as pessoas que visitam a fazenda. Ali, é muito comum ser presenteado com a inesperada aparição de uma arara azul no banco em que você está sentado, apreciando a paisagem. Ainda mais agradável é ouvir a algazarra multi sonora daquele bando de aves circulando livres e tão próximas, íntimas como se fossem amigas de longa data. Voltando para o motivo da minha visita à fazenda, nossa apresentação foi realizada em uma sala de concertos especial, uma antiga tulha restaurada, muito bem equipada com um piano de cauda e uma vista de tirar o fôlego. Como músicos brasileiros e improvisadores que somos, logo imaginamos como seria a experiência de realizar um trabalho artístico interagindo com tudo aquilo. Vislumbramos temas inéditos que poderiam surgir mesclados àquela exuberância de sonoridades das aves e da natureza, bem como a beleza das locações. Imaginei levar um piano para interagir com todos aqueles sons e paisagens, realizando um registro cinematográfico inédito. Assim nasceu um projeto artístico a ser desenvolvido a longo prazo e em diversas edições, focalizando diferentes temas e ecossistemas brasileiros.

Fábio Caramuru em Havana, Cuba

20 de diciembre en La Casa de la Cultura de Plaza
21 de diciembre en El Hotel Melía Cohiba

Fábio Caramuru | Piano Solo

Programação completa:

DÍA 20 JUEVES

TEATRO MELLA
Hora: 8:30pm
Chucho Valdés e invitados:
Roberta Gambarini
Roy Hargrove
Director Musical: Chucho Valdés

CASA CULTURA PLAZA
Hora: 9:00pm
Fabio Caramuru (Brasil)
Jimmy Sommers (EU)
Carlos Averhoff Jr.
Will Magid Trio (EU)
Achy Lam y Afrocuba
Will Campa
Director Artístico: Achy Lam

CAFÉ TEATRO BERTOL BRECH
Hora: 11:00pm
Arthur O’Farrill (EU)
Rolando Luna.

HOTEL MELIA COHIBA
Hora: 11:00pm
Jimmy Somers (EU)
Ivan Mazuze (Noruega)
Jorge Luis Pacheco

 

DÍA 21 VIERNES

TEATRO MELLA
Hora:8:30pm
Joaquín Betancourt y la Jóven Jazz Band e invitados
Arthur O’Farrill (EU)
Friends University Jazz Band (EU)
Rolando Luna
Director Musical: Joaquín Betancourt

CASA CULTURA PLAZA
Hora: 9:00pm
Presentación de mujeres en el Jazz
Daymé Arocena
Bellita y su Jazz Tumbatá
Xiomara Laugart
Yissy García
Anacaona

TEATRO BERTOLT BRECHT
SALA TITO JUNCO
Hora: 7:00pm
Ivan Mazuze (Noruega)
Lázaro Valdés y SonJazz
Grupo Abdón Alcaraz (España)
Julito Padrón
Bobby Carcasses

JARDINES DEL MELLA
Hora: 6:00pm
Pie Grande (México)
Síntesis y Jane Bunett (EU)

HOTEL MELIA COHIBA
Hora: 11:00pm
Fábio Caramuru (Brasil)
Alejandro Falcón y Luna Manzanares

 

DÍA 22 SABADO

TEATRO MELLA
5:00pm –
Nachito Herrera y la Orquesta Sinfónica Nacional de Cuba
Director Musical: Roberto Chorens

8:30pm –
César López y Habana Ensemble
Mezcla
Emilio Morales
Roberto Fonseca
Director Musical: Pablo Menéndez

CASA CULTURA PLAZA
Hora: 9:00pm
Grupo Abdón Alcaraz (España)
Jesús Fuentes y Sto. Tomás C
Omar Puente
Pablo Sanguinetti (Argentina)
Alfred Tompson
NG La Banda

TEATRO BERTOLT BRECHT
SALA TITO JUNCO
Hora: 7:00pm
Friends University Jazz Band (EU)
Jorge Aragón’s Tríos
Will Magid Trío (EU)
Dúo Vizpercussión

JARDINES DEL MELLA
Trio los Vigilantes (EU)
Grupo Influencia
Hora: 6:30pm a 8:00pm

HOTEL MELIA COHIBA
Hora: 11:00pm
Dúo Vizpercussión
Miguelito Núñez
Xiomara Laugart


DÍA 23 DOMINGO

TEATRO MELLA
5:00pm- Orlando Sánchez y la
Big Band de la Escuela
Nacional de Arte
Director Musical: Orlando Sánchez

8:30pm-
Ruy López Nussa y La Academia
Harold López Nussa
William Roblejo’s Trío

Director Musical: Ruy López Nussa

CASA CULTURA PLAZA
Hora: 9:00pm
Pie Grande (México)
Jorge Luis Pacheco
Klimax
Bobby Carcassés invitados David Bradish (Suecia) y Yoruba Andabo
Director Artístico: Bobby Carcassés

TEATRO BERTOLT BRECHT
SALA TITO JUNCO
Hora: 7:00pm
Trio Los Vigilantes (EU)
Miguelito Núñez
Shanti Lo (Botswana)
Carlos Averhoff Jr.

CAFÉ TEATRO BERTOL BRECH
Hora: 11:00pm
Nachito Herrera. (EEUU)
Yissi García

JARDINES DEL MELLA
Trio los Vigilantes (EU)
Grupo Influencia
Hora: 6:30pm a 8:00pm Pablo Sanguinetti (Argentina)
Héctor Quintana
Hora: 6:3opm a 8:00pm

HOTEL MELIA COHIBA
Hora: 11:00pm
Gala Mayor
Havana Sax
Jorge Aragón’s Trio

Fábio Caramuru e sua mãe, Neide Bello Caramuru

Uma criança, cerca de dois anos e meio… Minhas lembranças mais remotas: meu pai tocando Meditação, de Tom Jobim, e Chove lá fora, de Tito Madi, em um piano recém chegado ao apartamento onde morávamos, no Jardim Paulista. Nessa época, minha mãe me ensinou as primeiras notas musicais, que eu repetia ao piano apenas com o dedo indicador da mão direita. Recordo-me também de me iniciar na percussão, batendo com uma faca na tampa daquele grande piano amarelado que, por minha causa, ficou marcado para sempre…

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

Fábo Caramuru e sua mãe, Neide Bello Caramuru

Fábio Caramru na infância e sua mãe, Neide Bello Caramuru

Minha formação foi bastante tradicional. Após iniciar a vida musical com meus pais, fui encaminhado para minha primeira professora, uma russa excepcionalmente musical, Lidia Jefremov. Depois, com Zulmira Elias José, na Escola Magda Tagliaferro, obtive o diploma de piano. Com essas duas professoras estudei todo o repertório tradicional, indo de Bach a Stravinsky. Em seguida, ganhei uma bolsa do governo francês e tive a oportunidade de me aperfeiçoar com Magda Tagliaferro, em Paris, na década de 1980. Com a grande mestra do piano, aprimorei a sensibilidade musical, fazendo sobretudo obras do repertório francês do século XX. De tudo o que vivi e aprendi naquela época, o que ficou de mais agradável e marcante foi o gosto da busca contínua pela melhor sonoridade, sempre.

[/][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

Fábio Caramuru em concerto

Antes de ir para a França, já havia me formado em arquitetura, uma vez que decidi contar com uma segunda alternativa, caso não pudesse viver somente da música. Quando voltei ao Brasil, com 24 anos, casado e com maiores responsabilidades, resolvi trabalhar como arquiteto. Vinha há algum tempo sentindo um certo desconforto na minha relação com a música. O prazer de tocar estava diminuindo a cada dia e, na ocasião, não consegui descobrir as causas de meu descontentamento. Posteriormente, notei que não via sentido algum em reproduzir o mesmo repertório executado por milhares de pianistas no mundo inteiro. A minha percepção, na época, era de que aquilo tudo havia se tornado uma grande inutilidade. Não queria ser simplesmente mais um… Essa situação culminou com um afastamento temporário do piano. Na época, parecia ser uma decisão definitiva e, assim, passei a me dedicar a outras atividades, primeiramente à arquitetura, e, posteriormente, à realização de eventos culturais. É importante mencionar que, quando criança, estudei em uma escola bastante tradicional, onde também estudei piano sob o signo do rigor, sempre ouvindo “isso pode, aquilo não pode…” etc. Mais tarde, descobri que meu descontentamento com a música estava relacionado a esse tipo de educação. O Brasil é um país muito peculiar: miscigenado, tropical, diversificado, cheio de ritmos, mas ainda continuamos querendo imitar ad nauseam o purista modelo europeu. Consequentemente ficamos, na maior parte das vezes, feito papagaios, repetindo e ouvindo os mesmos “Beethovens, Mozarts e Schuberts”, como artistas e plateias do dito “primeiro mundo”, em vez de enxergarmos, aceitarmos e explorarmos o enorme potencial de nossa música. Podemos ser muito mais interessantes e creio cada vez mais que o termo erudito, no sentido estrito da palavra, não se aplica à nossa realidade, tanto que a música erudita brasileira está repleta de elementos característicos de nossa cultura popular. Porém, a música erudita nacional dificilmente é compreendida e bem interpretada: Se um pianista toca uma obra de um compositor erudito brasileiro, sem verdadeiramente penetrar na alma popular de nosso país, corre o risco de fazer uma interpretação linear e desinteressante. Isso é muito comum e ocorre com grande parte dos músicos de concerto. Penso que um dos segredos de uma boa interpretação da música brasileira está em interpretar a partitura de maneira mais livre, produzindo, assim, uma sonoridade mais adequada e flexível. Quando toco Jobim, Villa-Lobos ou qualquer outro compositor nativo, procuro sempre estar atento a essa questão, sempre com um olhar na fonte popular, buscando formas de traduzir as notas escritas com propriedade, transformando-as em sons generosamente brasileiros.

[/][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

Fábio Caramuru em Brasília

Fábio Caramuru em Brasília, por Christoph Diewald

Retomada

O distanciamento do piano durou alguns anos, até perceber que o problema não estava exatamente no instrumento e sim na maneira como eu me relacionava com o mesmo: minha prática era pautada no rigor excessivo, imposto pelas normas inflexíveis da música erudita. Na verdade, a música me fazia muita falta e nunca me afastei totalmente dela. Continuava tocando sem compromisso, em casa, intimamente, entre quatro paredes. Aos poucos, resgatei o prazer verdadeiro na música, o mesmo prazer lúdico de minha infância. É interessante lembrar que isso aconteceu graças à música brasileira, por meio da qual voltei ao piano por um outro viés, que não o do rigor. Pesquisei diversos álbuns de choros, valsas brasileiras, sambas, maxixes. Brinquei com as músicas dos mestres Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Inah Sandoval. Voltei a tocar os eruditos, tais como Camargo Guarnieri, Francisco Mignone, Villa-Lobos, Cláudio Santoro e, por fim, cheguei ao Tom Jobim.

Humildemente posso dizer que as mãos do grande mestre carioca me devolveram definitivamente ao meu verdadeiro rumo: o de músico profissional. Mergulhando na música de Jobim houve plena e imediata identificação com sua poética, com sua estética simples e econômica. Tudo isso não foi à toa, pois os grandes modelos de Tom Jobim também haviam me inspirado durante toda a vida: um rico mix das sonoridades e harmonias dos franceses Ravel, Satie e Debussy com os ritmos e sonoridades dos brasileiros Villa-Lobos e Radamés Gnattali. Foi assim que recuperei meu entusiasmo musical e pude trilhar boa parte das canções jobinianas, explorando o potencial pianístico contido em cada uma delas. Desde então venho estudando a música de Jobim e aprendendo mais e mais com a arte desse ser iluminado, que sintetiza como ninguém, com elegância e simplicidade, o imaginário musical brasileiro.

A partir de 2003, com performances de improvisação livre, passei a conquistar também maior flexibilidade como intérprete e criador musical, libertando-me para além das amarras do rigor das partituras.
Hoje, posso dizer que me sinto cada vez melhor diante do piano, continuando na eterna busca pelo aprimoramento da minha linguagem, que, no meu caso, é consequência de uma história pessoal nada linear. Toco aquilo que sou: do erudito ao popular, do brasileiro ao tradicional, e considero-me sobretudo um inventor. Não me vejo como um pianista essencialmente técnico, mas sim como um inquieto “buscador” de sonoridades. Acredito que fazer música seja, antes de tudo, emocionar-se e emocionar, e é assim que procuro viver sempre o momento presente de cada performance: intensamente.

(Texto publicado no anuário da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, na edição de setembro de 2012)[/][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

Fábio Caramuru e Marco Bernardo em concerto com a Orquestra do Theatro São Pedro

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][ type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”]

Com o regente Emiliano Patarra e Mariô Rebouças, após o ensaio

Ensaio, 21 ago 2012

Ensaio

Amigos, após o súbito cancelamento ocorrido há 10 dias, já estão definidas as novas datas, horários e programa. Os concertos serão no Theatro São Pedro, nos dias 22 e 24 de agosto, às 20h30, com regência do Emiliano Patarra. Vou achar o máximo vê-los por lá, a obra é muito especial. Abraços!

Astor Piazzolla (1921 – 1992)
“Las Cuatro Estaciones Porteñas” (transcr.: Ivan Bragatto)
I. Verano Porteño
II. Otoño Porteño
III. Invierno Porteño
IV. Primavera Porteña
Arturo Márquez (1950)
Danzón 2
INTERVALO
Cyro Pereira (1929-2011)
Variações sobre o Carinhoso de Pixinguinha
Luiza de Antônio Carlos Jobim
Rodrigo Morte (1976)
Fantasia para dois pianos e orquestra sobre temas de Tom Jobim
I. Chovendo na Roseira / Estrada do Sol
II. Olha Maria
III. A Felicidade / Quebra-pedra
Regência: Emiliano Patarra
Solistas: Fabio Caramuru (piano) e Marco Bernardo (piano)
Theatro São Pedro (636 lugares), Rua Barra Funda, 171 – Barra Funda, São Paulo – SP
Informações: 11 3667 0499
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)



Fábio Caramuru e Marco Bernardo fazem estreia nacional de obra para dois pianos e orquestra sobre temas de Tom Jobim

Os pianistas Fábio Caramuru e Marco Bernardo tocarão em primeira audição nacional a Fantasia Para Dois Pianos e Orquestra sobre Temas de Tom Jobim, de Rodrigo Morte. Os concertos acontecerão no Theatro São Pedro, nos dias 22 e 24 de agosto, com a Orquestra do Theatro São Pedro, sob regência do maestro Emiliano Patarra.
A obra, escrita em três movimentos, teve sua estreia internacional na Bélgica, em dezembro passado, durante o Europalia International Festival Arts, ocasião em que Fábio Caramuru foi solista da Brussels Philharmonic, juntamente com o pianista belga Alexander Gurning. Agora o público brasileiro terá a oportunidade de apreciá-la ao vivo pela primeira vez.
Os dois pianistas se destacam no cenário musical pela versatilidade e pela dedicação ao repertório brasileiro. Fábio Caramuru vem há duas décadas divulgando internacionalmente a obra de Tom Jobim e Marco Bernardo acaba de lançar a integral de Choros para Piano de Radamés Gnattali.

Concerto com a Orquestra do Theatro São Pedro, Solistas Fábio Caramuru e Marco Bernardo, Regente Emiliano Patarra
22 de agosto às 20h30 | 24 de agosto às 20h30
Programa: Homenagem a Luiz Gonzaga (100 Anos), Noel Rosa, Tom Jobim e West Side Story de Leonard Bernstein
Theatro São Pedro (636 lugares), Rua Barra Funda, 171 – Barra Funda, São Paulo – SP
Informações: 11 3667 0499
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
[/][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

Logo do facebook

Música ao vivo nas redes sociais



Três gravações de Fábio Caramuru irão ao ar:
Flanando, AfroSamba e Coral das Bachianas de Villa-Lobos (versão do Duo Caramuru-Baldanza)

AOLMP Radio Online Facebok

The radio stream link is: https://www.facebook.com/AOLMPRADIO/app_208195102528120

The official chat link for the show is: http://www.facebook.com/groups/219626174749810/

You can also chat on the day of the event on the Facebook event page which can be found at:
https://www.facebook.com/events/444751555549407

The radio show is hosted by MDESTINY from Artist Online Music Promotions in collaboration with Stargate Productions.

The participants are:
Maria Del Mar Cabazuelo – Spain/Italy
Janni Littlepage, USA
Laura Casale, USA
Luigi Saracino – Italy
Mark Barnes – USA
Gabriel Vivas – USA
Frantz Eddy Daniel Jr. (F.E.D) – USA/Haiti
Naki Ataman – Turkey
SungBong Choi – Korea
Antonio Simone – Italy
John Sokoloff – USA/Russia
Don Dinesh Subasinghe – Sri Lanka
Cosimo Antitomaso – Italy
Fabio Caramuru, Brazil
Benedikt Brydern, USA

Fábio Caramuru toca no ACM in Concert

O pianista Fábio Caramuru se apresenta no projeto ACM in Concert.

No programa, obras de Tom Jobim, Villa-Lobos, Francis Hime, Baden Powell e do próprio Fábio Caramuru.

Grátis
27 de maio de 2012 | 16h
ACM | Consolação
Rua Nestor Pestana, 147 | São Paulo | SP
Informações por telefone | 11 3138 3000

Memorial da América Latina, Magda Tagliaferro, Fábio Caramuru

A partir do mês de maio, a Fundação Magda Tagliaferro inaugura seu novo espaço musical na Sala dos Espelhos do Memorial da América Latina. O acordo firmado com a Fundação Memorial da América Latina prevê, além da realização de uma série de eventos, a cessão de um espaço para exposição permanente de parte do acervo da Fundação Magda Tagliaferro.
Para a abertura do espaço, que acontece no domingo, dia 27 de maio, das 16 às 20 horas, com entrada franca, será realizada uma Maratona Musical em homenagem à Magda Tagliaferro, para a qual foram convidados inúmeros ex-alunos e alguns herdeiros diretos da arte pianística de Magda Tagliaferro (1893-1986). Músicos como Flavio Varani, Gilberto Tinetti,
Fábio Caramuru, Eduardo Monteiro, Ronaldo Rolim, Eudóxia de Barros, Lucas Thomazinho, Marco Bernardo, Lilu Aguiar, Flávio Androni, Antonio Carlos Vinha, Sônia Muniz, Eliana Caldas, Aída Machado, Valdelice de Carvalho, Fernando Tomimura, Ilza Antunes, entre outros, se apresentarão ininterruptamente, tocando um repertório bastante variado, rendendo homenagem àquela que foi uma das maiores pianistas brasileiras de todos os tempos.
Maratona Musical em homenagem à Magda Tagliaferro
Sala dos Espelhos – Memorial da América Latina
Capacidade: 100 lugares
Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664
Informações: Fundação Magda Tagliaferro – fund.tagliaferro@uol.com.br

Matéria publicada na Folha de S. Paulo:

Folha de S. Paulo 26 de maio de 2012
Maratona inaugura espaço Tagliaferro

Fundação criada pela professora fluminense para formar músicos ganha novo lar no Memorial da América Latina

Lista de apresentações inclui a do jovem Lucas Thomazinho e as dos já consagrados Eduardo Monteiro e Flávio Varani
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Vai ter do adolescente Lucas Thomazinho ao octogenário Gilberto Tinetti, passando pelos consagrados Eduardo Monteiro e Flávio Varani e por Amilton Godoy, do Zimbo Trio, entre outros.

Com entrada franca, uma maratona pianística de quatro horas de duração inaugura, amanhã, o espaço da Fundação Magda Tagliaferro, no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Até o fechamento desta edição, o pianista Fábio Caramuru, diretor artístico dos projetos da fundação, e que amanhã toca obras de Villa-Lobos, Piazzolla e Tom Jobim, ainda não tinha a lista completa de músicos fechada: “a cada hora liga mais um querendo participar”, festeja.

Fluminense, Tagliaferro (1893-1986) não apenas foi uma das maiores pianistas brasileiras do século 20, como desenvolveu importantes atividades pedagógicas em Paris, Rio e São Paulo.

Criou em 1940 a Escola Magda Tagliaferro e, em 1969, a fundação que leva o seu nome, responsável pela formação de vários artistas brasileiros do teclado durante as últimas décadas.

Depois de anos alojada em uma casa no bairro do Campo Belo, a fundação agora vai ocupar um espaço no Salão dos Espelhos do Memorial.

“Nossa ideia é deixar disponível boa parte do acervo de Tagliaferro para a consulta do público em displays, com fotos, partituras, cartazes, programas de concertos etc.”, conta Fábio Caramuru, último aluno brasileiro de Tagliaferro em Paris.

Para o segundo semestre, a ideia é ocupar o espaço com uma série de concertos aos finais de semana.

“Entramos com um projeto no Proac (Programa de Ação Cultural, da Secretaria de Estado da Cultura) para fazer apresentações aos sábados e domingos, a partir de agosto, e que não vão contemplar exclusivamente o piano”, resume Caramuru.

MARATONA MUSICAL MAGDA TAGLIAFERRO
QUANDO amanhã, a partir das 16h
ONDE Memorial da América Latina (av. Auro Soares de Moura Andrade, 664; tel: 0/xx/11/3823-4600)
QUANTO grátis