Tom Jobim – Água de beber, Desafinado, Samba do avião, Inútil paisagem, Anos dourados, Luciana, Meu amigo Radamés, Eu não existo sem você, Choro, Two kites, Chovendo na roseira, Modinha, Eu sei que vou te amar, Canta, canta, mais e Águas de março.
Data: 15/09/2019 Sala São Paulo Praça Júlio Prestes, s/nº Telefone | 11 3223 3966 Ingressos | 11 3777 9721 e www.osesp.byinti.com/#/ticket
Pessoas acima de 60 anos e estudantes pagam meia entrada (somente na bilheteria da Sala) Entrada franca, quatro ingressos por pessoa. A partir de cinco ingressos, R$ 2.
https://fabiocaramuru.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Fabio-Caramuru-se-apresenta-com-Marco-Bernardo-Hercules-Gomes-e-Magda-Painno-na-Sala-Sao-Paulo-2019.jpg318781fabio caramuruhttps://fabiocaramuru.com.br/wp-content/uploads/2015/10/logo-352-152.pngfabio caramuru2019-09-07 17:04:342019-10-19 17:10:53Fábio Caramuru se apresenta com Marco Bernardo, Hercules Gomes e Magda Painno na Sala São Paulo, em concerto gratuito, 15 de setembro de 2019
Os pianistas Fábio Caramuru e Marco Bernardo interpretam Águas de março, em arranjo elaborado por Marco Bernardo
Gravação realizada no Teatro Anchieta, do Sesc Consolação, em 13 de outubro de 2014.
Águas de março
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita-Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
Pau, pedra, fim do caminho
Resto de toco, pouco sozinho
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
https://fabiocaramuru.com.br/wp-content/uploads/2016/07/Tom-Jobim-e-Elis-Regina-1974-por-Fernando-Duarte.jpg318781fabio caramuruhttps://fabiocaramuru.com.br/wp-content/uploads/2015/10/logo-352-152.pngfabio caramuru2014-10-13 19:13:142023-07-28 01:50:54Águas de março interpretada pelo duo Brasil em dois pianos